sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Dia 21 celebraremos a morte do fundador (msC) Congregação dos Missionários do Sagrado Coração

Estamos na semana Chevalier.
Dia 21 celebraremos a morte do nosso fundador. É tempo de prece e oração pelo servo de Deus Pe. Chevalier e um tempo de reflexão sobre a nossa congregação missionária.
Tudo começou no século XIX, no ano de 1854, na pequena cidade de Issoudun, diocese de Bourges, na França, onde nasceu a Congregação dos Missionários do Sagrado Coração, fundada pelo jovem sacerdote de 30 anos, Júlio Chevalier.
Quando ele assumiu a Paróquia, percebeu que o povo estava abandonado, havia uma grande indiferença religiosa nas pessoas e descobriu no Coração misericordioso de Cristo a fonte inesgotável da verdadeira felicidade. Quis, então, que o Sagrado Coração de Jesus fosse amado por toda parte. Não mediu esforços para vencer todas as dificuldades e conseguiu viabilizar a nova Congregação. Contou com especial proteção de Nossa Senhora, a quem havia se consagrado desde a infância. O título dado a Maria, Nossa Senhora do Sagrado Coração é hoje conhecido no mundo inteiro.
No dia 8 de dezembro de 1854, dia em que o Papa Pio IX declarava solenemente o dogma da Imaculada Conceição, nascia a Congregação dos Missionários do Sagrado Coração, que teria que levar aos mais sofridos, espiritual e materialmente, o Amor revelado no Coração do Verbo de Deus, Jesus Cristo.
Padre Júlio Chevalier, homem de Deus, não se decepcionou. Hoje, os Missionários do Sagrado Coração trabalham nos cinco continentes, fazendo valer seu lema:
“Amado seja por toda parte o Sagrado Coração de Jesus.”
Segundo nossa espiritualidade do coração
Nosso carisma espiritualidade e missão de coração não são dons para vivê-los no deserto. Deus não é sozinho, mas sim uma comunidade de amor. A ação do Espírito Santo abraça integralmente nossa pessoa e não admite ambigüidade, o que somos deve corresponder ao que fazemos, a Espiritualidade de Coração deve ser vivida dentro e fora das nossas instituições. Nunca devemos prescindir da realidade de que não somos ilhas, pelo contrário, devemos ser pessoas sociais, e que nós todos temos necessidade uns dos outros para se poder viver. Somos seres em marcha e necessitamos amar e nos sentirmos amados para realizar cabalmente nosso processo de ser pessoa. A riqueza da nossa espiritualidade do coração é uma força dinâmica para fomentar o clima próprio de nosso desenvolvimento humano. Temos necessidade de ser acolhidos, aceitos, valorizados e que nos ajudem a crescer, a superar-nos constantemente. A espiritualidade do coração vivida dentro do nosso grupo humano, é uma ajuda da qual não podemos nos subtrair. ” Na Congregação, ninguém é estranho nem forasteiro, pelo contrário, todos somos irmãos no Coração de Cristo. Na comunidade, há de imperar grande caridade. Que uns e outros se respeitem; se tratem com bondade e cordialidade; evitem, o quanto possível, o que recenda à afetação e à auto-suficiência ; nunca procurem ser dominadores e espalhafatosos; esmerem-se em praticar as virtudes do Coração de Jesus: sua mansidão e sua humildade “.
Não podemos nos esquecer de que somos seres em marcha, com suas luzes e sombras, com suas capacidades e limitações, com habitual estado de graça e com momentos de pecado. Afinal, é a realidade humana. A grande tentação que nos assalta é a de dar mais valor ao ideal, o que deverá ser, do que à realidade, o fazer; daí é que provêm as tantas frustrações que matam a dinâmica de construir a comunidade.
Todavia, há frustrações e feridas que carregamos desde a infância ou que se desenvolveram em nós, ao não sentirmos valorizados e feridos, ao longo da vida. Deveríamos fazer o possível de usar de todos os meios, até mesmo ajuda psicológica, para nos livrar delas. Deus, seu povo e a Congregação esperam o melhor de você. O bom humor de que nos falam nossas Constituições (N.° 32), é de grande valia para superarmos muitas limitações pessoais e comunitárias. Lembremo-nos de que diziam alguns MSC.: ” um Missionário do Sagrado Coração é alguém que ri de si mesmo e sorri para os outros”.
Uma Característica
A idéia mestra de Júlio Chevalier sobre como deveria viver e agir sua pequena Congregação, seu ponto forte da própria concepção da vida religiosa, está contida nesta frase que todos conhecemos: ” Os que entram para nossa Congregação podem aceitar que outros os superem em ciência, em mortificação, em pobreza, mas que não permitam ser vencidos em obediência e caridade fraterna”.
A obediência e a comunidade estão estreitamente ligadas a Júlio. São elementos essenciais e complementares do nosso ser Missionário do Sagrado Coração. Obedecer é estar à escuta de Deus; a escuta bíblica compreende algumas atitudes específicas que se resumem em estar atentos, em compreender, em assumir e consentir livremente. Para Chevalier essas atitudes têm de ser agilizadas em comunidade. A obediência é um relacionamento pessoal com Deus e com os irmãos que, ao deixar de lado o interesse pessoal permitem um forte relacionamento com todos, na realização da missão de coração. (Cf. Constituições, n.05 31,40,41,101,102,103,120).
O Pé. Cuskelly escrevia: ” Considero que um missionário, como membro de uma comunidade, como quem pertence a um grupo, deve se esforçar asceticamente a entregar-se a esse grupo e por ele, renunciando toda e qualquer ação individual, a ajudar a construir a comunidade … Um missionário que, na verdade, não vive como alguém que pertence ao grupo não vive a caridade fraterna, tal como exigia o Pé. Chevalier. Se não se têm a obediência e a prática da caridade, como uma ação que se enraíza no próprio íntimo da caridade fraterna da comunidade e da fraternidade, acaba-se fazendo uma falsa idéia da obediência, tal como a concebeu o Fundador”.
Amado seja por toda parte o Sagrado Coração de Jesus.

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