sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Papa aprova uma canonização e quinze beatificações

Entre elas, a da brasileira Irmã Dulce e da portuguesa Madre Maria Clara

CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 10 de dezembro de 2010 (ZENIT.org) - Bento XVI aprovou hoje os decretos de reconhecimento dos milagres, martírio e virtudes heroicas de um beato e 15 servos de Deus, após uma audiência concedida ao prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, cardeal Angelo Amato.

Entre eles, estão a portuguesa Maria Clara do Menino Jesus (1843-1899) e a brasileira Irmã Dulce (1914-1992). Também foi aprovado o martírio de um sacerdote alemão que morreu em Dachau, assim como as virtudes heroicas de um religioso melquita libanês.

Milagres:

- Beato Guido Maria Conforti, italiano, nascido em Ravadese (1865) e falecido em Parma (1931), arcebispo de Parma e fundador da Pia Sociedade de São Francisco Xavier para as Missõe Estrangeiras.

- Servo de Deus Francesco Paleari, italiano, nascido em Pogliano Milanese (1863) e falecido em Turim (1939), sacerdote do Instituto Cottolengo.

- Serva de Deus Ana María Janer Anglarill, espanhola, nascida em Cervera (1800) e falecida em Talarn (1885), fundadora do Instituto das Irmãs da Sagrada Família de Urgell.

- Serva de Deus Maria Clara do Menino Jesus (Libânia do Carmo Galvão Meixa De Moura Telles e Albuquerque), portuguesa, nascida em Amadora (1843) e falecida em Lisboa (1899), fundadora da Congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição.

- Serva de Deus Dulce (Maria Rita Lopes Pontes), brasileira, nascida e falecida em São Salvador da Bahia (1914-1992), irmã professa da Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus.

Martírio:

- Servo de Deus Alois Andritzki, alemão, nascido em Radibor (1914) e falecido no campo de concentração de Dachau (1943), sacerdote diocesano.

- Servos de Deus José Nadal y Guiu, espanhol, nascido em Bell-lloc (1911), e José Jordão y Blecua, espanhol, nascido em Azlor (1906), falecidos em Monzon, durante a perseguição religiosa (1936), sacerdotes diocesanos.

- Servo de Deus Antonio (Miguel Faúndez López), espanhol, nascido em La Hiniesta (1907), e Buenaventura (Baltasar Mariano Martínez Muñoz), espanhol, nascido em Santa Cruz (1912), sacerdote e clérigo, respectivamente, da Ordem dos Frades Menores, além de Pedro Sanchez Barba, espanhol, nascido em Llano de Brujas (1895) e Fulgencio Martínez García, espanhol, nascido em Ribera de Molina (1911), ambos párocos, sacerdotes da Ordem Terceira Secular de São Francisco de
Assis, falecidos todos em Múrcia durante a perseguição religiosa de 1936;

Virtudes heroicas:

- Servo de Deus Antonio Palladino, italiano, nascido e falecido em Cerignola (1881-1926), sacerdote diocesano e fundador da Congregação das Irmãs Dominicanas do Santíssimo Sacramento.

- Servo de Deus Béchara ( Selim Abou-Mourad), libanês, nascido em Zahlé (1853) e falecido em Saïda (1930), sacerdote da Ordem Basiliana do Santíssimo Salvador dos Melquitas.

- Serva de Deus Maria Elisa Andreoli, italiana, nascida em Agugliaro (1861) e falecida em Rovigo (1935), fundadora da Congregação das Servas de Maria Reparadoras.

- Serva de Deus María Pilar del Sagrado Corazón (María Pilar Solsona Lambán), espanhola, nascida em Zaragoza (1881) e falecida em Logroño (1966), religiosa professa do Instituto das Filhas de Maria Religiosas das Escolas Pias.
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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Advento é proposta para a vida, diz cardeal

 


 
Deus "entra em nossa história e caminha conosco


SÃO PAULO, quinta-feira, 9 de dezembro de 2010 (ZENIT.org) – O Advento “não é um tempo passageiro, mas é uma proposta para ser vivida ao longo de toda a vida”, afirma o arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Scherer.

Em artigo na edição desta semana do jornal O São Paulo, Dom Odilo destaca que já no primeiro domingo do Advento, São Paulo recorda: “já é hora de acordar! A noite vai adiantada e o dia se aproxima; por isso, deixemos de lado as obras das trevas, que são todas as obras desonestas e corruptas, e revistamo-nos de Cristo Jesus”.

“Sim – prossegue o arcebispo –, porque Cristo é a imagem perfeita do ‘homem novo’ que somos chamados a ser, a seu exemplo.”

O risco, segundo o cardeal, é passar a vida inteira “distraí-dos”, “sem nos preocuparmos com nada e só pensando em desfrutar todo gozo que a vida é capaz de nos proporcionar”.

“Daí o chamado à vigilância, como atitude atenta para não tomar caminhos errados na vida, ou a não tropeçar e cair; ou ainda, os encorajamentos a caminhar, a não desanimar, a produzir frutos de obras boas ao longo da vida, sem se cansar.”

De acordo com o cardeal, a Liturgia do Advento também fala do julgamento de Deus: “o Filho de Deus, um dia, virá como Juiz e Senhor da História, revestido de poder e glória, e todos deveremos prestar contas de nossa vida”.

“A árvore que não deu fruto bom será cortada e jogada ao fogo. E, enquanto o trigo será recolhido no celeiro de Deus, o céu, a palha improdutiva será queimada (cf Mt 3, 1-12). As palavras de São João Batista, no 2º Domingo do Advento, não deixam dúvidas!”, comenta o arcebispo.

“Mas não entendamos mal. O Advento não é um tempo de terror; pelo contrário, é marcado pela alegre esperança e a certeza da bondade e da misericórdia de Deus”, explica.

“Deus tanto amou o mundo, que lhe enviou seu Filho único, para que todo o que nele crer, não pereça, mas tenha a vida eterna!”, cita o cardeal.

O Advento, portanto – afirma Dom Odilo –, não é um tempo passageiro. É “uma proposta para ser vivida ao longo de toda a vida”. “De fato, ele nos fala dos grandes mistérios da existência e joga um facho de luz e esperança sobre a vida”.

“Não existimos à-toa e sem ter rumo; se para alguns filósofos a vida humana é absurda, por estar cheia de sonhos impossíveis, nós percebemos que não é assim; mas não somos nós a resposta última para os nossos sonhos: é Deus que entra em nossa história e caminha conosco, apontando-nos o rumo certo”, afirma o cardeal.

De fato – prossegue Dom Odilo –, “nós vivemos em contínuo estado de Advento, à espera dos novos céus e da nova terra que Deus prepara para aqueles que o amam”.

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