quarta-feira, 29 de junho de 2011

Três mártires de Lübeck são beatificados

São os padres Johannes Prassek, Hermann Lange e Eduard Müller
LÜBECK, segunda-feira, 27 de junho de 2011 (ZENIT.org) - Três sacerdotes que formaram um grupo de resistência ao Terceiro Reich (o quarto membro foi o pastor protestante Karl Friedrich Stellbrink) foram beatificados no último sábado em Lübeck, na Alemanha. A cerimônia foi presidida pelo cardeal Angelo Amato SDB, em representação do Papa Bento XVI.
Os três foram julgados pelo “Tribunal do Povo” (Volksgerichtshof) e condenados à morte em 10 de novembro de 1943, na guilhotina.
ZENIT falou com o postulador desta causa, o advogado Andrea Ambrosi, quem contou sobre a vida e as virtudes de cada um deles.

Johannes Prassek: prisioneiro por dizer a verdade
No dia em que foi ordenado sacerdote, ele se definiu como “a pessoa mais feliz”. O Pe. Prassek nasceu há 100 anos, em Hamburgo. Estudou na universidade dos jesuítas, St. Georgen, em Frankfurt. Em 1935, entrou no seminário maior de Osnabrück e dois anos mais tarde recebeu o sacramento da Ordem.
Sua primeira missão foi a de vigário de Wittenburg, em Mecklenburg, e, em 1939, passou a ser vigário da comunidade de Herz-Jesu, em Lübeck; depois foi nomeado capelão.
Rapidamente ganhou o carinho dos seus fiéis: “Prassek atraía as pessoas difíceis e estranhas, desfavorecidas e oprimidas”, disse Ambrosi.
“Sua pastoral o comprometia até o limite da sua capacidade física e psíquica”, comentou.
Em pouco tempo, foi reconhecido por sua fama como pregador: “Suas impressionantes homilias dominicais não só atraíam numerosos fiéis, mas também os espias da Gestapo”, reconheceu o postulador.
“Alguns amigos lhe falavam sobre as críticas que ele fazia, advertiam-no de que talvez poderiam ser imprudentes demais contra a ideologia nacional-socialista, mas Prassek não se deixou influenciar e considerava que deveria dizer a verdade”, contou.
O Pe. Prassek, além de suas críticas, dedicou-se a estudar polonês para ajudar os que eram obrigados a ir a Lübeck.
Em 1941, conheceu um jovem pastor protestante, com quem teve grande afinidade e que lhe mostrou seu desejo de conhecer a fé católica. No entanto, esse homem na verdade era um espia da Gestapo e a informação que conseguiu foi chave para que o Pe. Johhanes fosse detido em 18 de maio de 1942.
Assim, foi levado ao edifício de Burgkloster (que hoje é um museu com o mesmo nome). Esperou mais de um ano para ser julgado, em condições desumanas de fome e frio, que o afetaram gravemente, pois tinha uma doença estomacal. Durante esse tempo, escreveu numerosas cartas.
“Apesar do duro período de prisão e da perspectiva da própria execução, Prassek não perdeu a consciência da sua fé nem sua cordialidade para consolar os companheiros de prisão”, disse Ambrosi.
No dia da sua execução, permitiram-lhe escrever uma carta de despedida aos seus familiares, a qual foi destruída depois, pelas duras palavras contra o regime nacional-socialista.
“A guilhotina pôs fim à agonia suportada com valentia e fé”, contou o postulador.

Hermann Lange, grande intelectual e mártir
Ambrosi o definiu como “um sacerdote muito erudito e intelectual, não somente em questões teológicas”.
Nasceu em 1912, na Frísia oriental. Fez parte de uma associação católica estudantil denominada Nova Alemanha.
Era um fiel seguidor do escritor Romano Guardini, cuja obra o influenciou notavelmente.
Estudou, em 1931, na faculdade de teologia da universidade de Münster. Depois entrou no seminário maior de Osnabrück. Foi ordenado sacerdote em 1938. Em junho de 1939, começou seu trabalho pastoral na paróquia do Sagrado Coração de Jesus, em Lübeck.
Ambrosi destacou que “suas homilias eram preparadas de maneira absolutamente precisas”. “Além disso, era um sacerdote decidido, gentil e de sentimentos nobres, do ponto de vista humano. Era perfeitamente íntegro.”
Sobressaía-se por sua grande sensibilidade, humanidade e preparação teológica. Era um grande opositor ao nacional-socialismo. Nesse então, teve um diálogo com um jovem soldado que servia esse regime. Lange lhe disse claramente que um cristão não podia estar com os alemães em guerra.
Ele difundia sem medo seus escritos contra o regime até que, em 1942, Lübeck sofreu os primeiros bombardeios e ele, sem importar o risco que sua vida corria, preocupou-se pelo bem dos seus paroquianos.
Foi detido em 16 de junho de 1942, pela Gestapo. “O segundo senado do tribunal popular o condenou à morte, junto a outros sacerdotes, por disgregação do potencial militar, por apoio ao inimigo com traição à pátria e por delitos radiofônicos”, explicou Ambrosi, pois ele difundia ideias contra o regime em um programa de rádio.
O postulador destacou, assim, a “compostura admirável” que o Pe. Lange teve na prisão. Ele dividiu a cela com o pastor protestante Schwentner, a quem, segundo várias testemunhas, tratou como um irmão.
Suas cartas testemunham uma admirável submissão ao que Deus permitisse e uma grande profundidade religiosa: “Quando vocês receberem esta carta, eu já não estarei no mundo dos vivos”, escreveu aos seus pais no dia da sua condenação.
“Hoje será o grande retorno ao Reino do Pai, e depois verei todos aqueles que estiveram perto de mim na terra”, expressou.
Sobre esta carta, o escritor alemão Thomas Mann (1875-1955), prêmio Nobel de literatura em 1929, disse que se trata do “testemunho mais belo pelo dom da fé cristã, católica”.

Eduard Müller e a santidade nas coisas simples
Do grupo dos mártires, este foi quem teve uma juventude mais difícil. Nasceu em agosto de 1911, no seio de uma família humilde. Estudou na escola católica de Neumünster. Era o menor de 7 filhos e seu pai abandonou a família. Foi coroinha e depois carpinteiro. Desde pequeno, mostrou seu desejo de ser sacerdote.
Graças ao apoio de alguns benfeitores da paróquia, pôde concluir seus estudos e depois estudou teologia católica em Münster.
Em 1940, foi ordenado sacerdote em Osnabrück. Trabalhou na paróquia do Sagrado Coração, de Lübeck.
“Sua forma de ser, calma, gentil e não autoritária, foi muito estimada pelas testemunhas daquela época”, disse Ambrosi.
“Particularmente célebre se tornou por sua capacidade de identificação com a vida dos trabalhadores, artesãos; de fato, não era difícil para ele identificar-se, porque provinha desse ambiente, ao qual esteve sempre unido”, afirmou.
Dos mártires de Lübeck, era o menos político. Ainda assim, foi detido em julho de 1942.
Depois de ser condenado à morte, escreveu: “Tenho a esperança de que não serei jamais defraudado; pelo contrário: com toda franqueza, como sempre, também agora Cristo será glorificado com o meu amor, tanto na vida como na morte”.
Estes três mártires foram assassinados com um intervalo de apenas 3 minutos. Souberam derramar seu sangue dando suas vidas como sacrifício supremo do amor de Cristo.
(Carmen Elena Villa)

Eucaristia é antídoto contra individualismo


Afirma Bento XVI no Ângelus de hoje
CIDADE DO VATICANO, domingo, 26 de junho de 2011 (ZENIT.org) - Sem a Eucaristia, a Igreja não existiria, sublinhou hoje o Papa Bento XVI, ao introduzir a oração do Ângelus com os peregrinos presentes na Praça de São Pedro.
O Santo Padre recordou que, ainda que o Vaticano tenha celebrado o Corpus Christi na última quinta-feira, mantendo a tradição secular, esta festa é celebrada hoje em muitos países – entre eles a própria Itália –, por motivos pastorais.
Por isso, ele quis voltar a falar sobre o significado desta “festa da Eucaristia”, a qual “constitui o tesouro mais precioso da Igreja”.
“A Eucaristia é como o coração pulsante que dá vida a todo o corpo místico da Igreja: um organismo social baseado inteiramente no vínculo espiritual, mas concreto, com Cristo”, afirmou, insistindo em que, “sem a Eucaristia, a Igreja simplesmente não existiria”.
“A Eucaristia é, de fato, o que torna uma comunidade humana um mistério de comunhão, capaz de levar Deus ao mundo e o mundo a Deus.”
“O Espírito Santo transforma o pão e o vinho no Corpo e Sangue de Cristo; também transforma todos os que o recebem com fé em membros do Corpo de Cristo, para que a Igreja seja verdadeiramente um sacramento de unidade dos homens com Deus e entre eles”, acrescentou.
O Papa afirmou aos presentes que, “em uma cultura cada vez mais individualista, como aquela em que estamos imersos nas sociedades ocidentais, e que tende a se espalhar por todo o mundo, a Eucaristia é uma espécie de ‘antídoto’".
O vazio produzido pela falsa liberdade pode ser muito perigoso, disse, e, diante disso, “a comunhão com o Corpo de Cristo é o remédio da inteligência e da vontade, para redescobrir o gosto da verdade e do bem comum”.
A Eucaristia “age nas mentes e nos corações dos crentes e que semeia de forma contínua neles a lógica da comunhão, do serviço, da partilha, em suma, a lógica do Evangelho”.
O novo estilo de vida que as primeiras comunidades já mostravam, vivendo em fraternidade e partilhando seus bens, para que ninguém fosse indigente, brotava “da Eucaristia, isto é, de Cristo ressuscitado, realmente presente entre os seus discípulos e operante com a força do Espírito Santo”.
“Também as gerações seguintes, através dos séculos, a Igreja, apesar dos seus limites e erros humanos, continuou sendo no mundo uma força de comunhão”, acrescentou.

Corpus Christi: manifestar que Cristo caminha no meio de nós


Homilia do Papa na solenidade do Corpo do Senhor
ROMA, sexta-feira, 24 de junho de 2011 (ZENIT.org) - “O Santíssimo Sacramento é levado em procissão pelas ruas das cidades e dos povoados para manifestar que Cristo ressuscitado caminha no meio de nós e nos guia rumo ao Reino dos Céus”: esta foi a reflexão do Papa ontem, em sua homilia da Missa de Corpus Christi.
O Pontífice presidiu nesta quinta-feira à tarde, na basílica romana de São João de Latrão, a Missa por ocasião da festa do Corpus Christi, recordando em sua homilia que esta solenidade “é inseparável da Quinta-Feira Santa, da Missa da Ceia do Senhor, na qual celebramos solenemente a instituição da Eucaristia”.
“Enquanto na noite da Quinta-Feira Santa se revive o mistério de Cristo que se oferece a nós no pão partido e no vinho derramado, hoje, na celebração do Corpus Domini, este mistério se oferece à adoração e à meditação do Povo de Deus, e o Santíssimo Sacramento é levado em procissão pelas ruas das cidades e dos povoados para manifestar que Cristo ressuscitado caminha no meio de nós e nos guia rumo ao Reino dos Céus.”
“O que Jesus nos deu na intimidade do Cenáculo, hoje nós manifestamos abertamente, porque o amor de Cristo não está reservado a alguns poucos, mas destinado a todos”, acrescentou.
O Papa quis retomar o que afirmou na Missa da Ceia do Senhor da última Quinta-Feira Santa, quando sublinhou que, na Eucaristia, acontece a transformação dos dons desta terra – pão e vinho –, dirigida a transformar a vida e o mundo.
“Tudo parte, poderíamos dizer, do coração de Cristo que, na Última Ceia, na véspera da sua paixão, agradeceu e louvou Deus e, dessa maneira, com a potência o seu amor, transformou o sentido da morte que enfrentaria”, disse.
O Santo Padre observou que “é muito bela e eloquente a expressão 'receber a comunhão' referida ao fato de comer o Pão Eucarístico”, porque, “quando realizamos este ato, entramos em comunhão com a própria vida de Jesus, no dinamismo desta vida que se dá a nós e por nós”.
No caso da Eucaristia, não somos nós que assimilamos o Pão que nos é dado, mas este “nos assimila e, assim, nós nos tornamos conformes a Jesus Cristo, membros do seu Corpo, uma só coisa com Ele”.
“Não há nada de mágico no cristianismo. Não há atalhos, mas tudo passa através da lógica humilde e paciente da semente que se parte para dar a vida, a lógica da fé que move as montanhas com o suave poder de Deus.”
Daí procede, sublinhou o Papa, “nossa especial responsabilidade de cristãos na construção de uma sociedade solidária, justa e fraterna”, ressaltando que os santos comprometidos no social foram grandes “almas eucarísticas”.
“Especialmente na nossa época, em que a globalização nos torna, cada vez mais, dependentes uns dos outros, o Cristianismo pode e deve fazer que esta unidade não seja construída sem Deus, isto é, sem o verdadeiro amor, o que daria lugar à confusão, ao individualismo e à opressão de todos contra todos.”
O Papa encerrou sua homilia dirigindo-se a Jesus e agradecendo-lhe pela sua fidelidade. E pediu: “Alimenta-nos, defende-nos, leva-nos aos bens eternos, na terra dos viventes!”.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Papa se encontrará com casais de namorados

 
Divulgado o programa da visita papal a Ancona (Itália)
CIDADE DO VATICANO, terça-feira, 21 de junho de 2011 (ZENIT.org) - O Papa Bento XVI programou, pela primeira vez em suas visitas pastorais, um encontro com casais de jovens namorados durante sua viagem a Ancona (Itália), no próximo dia 11 de setembro.
Esta visita, cujo programa foi divulgado hoje pela Santa Sé, tem por objetivo a participação do Papa no encerramento do 25º Congresso Eucarístico da Itália, que se realizará em Ancona.
No domingo, 11 de setembro, o Papa partirá do Vaticano, de helicóptero, até Ancona, cidade portuária sobre a costa adriática, a cerca de 200 km de Roma.
Após a Missa de encerramento do congresso eucarístico, o Santo Padre rezará o Ângelus e depois se dirigirá ao Centro Pastoral de Colle Ameno, onde almoçará com os bispos italianos presentes, com representantes de operários e de pobres assistidos pela Cáritas local.
Depois, o Pontífice se dirigirá à catedral de São Ciríaco de Ancona para celebrar um encontro com as famílias e com os sacerdotes. Em seguida, naPraça do Plebiscito, junto à catedral, terá o encontro com os casais de namorados.
Terminado este último encontro, o Papa voltará ao Vaticano.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Bento XVI: deixar Cristo iluminar a própria vida





Encontro do Papa com jovens em sua visita a San Marino
PENNABILLI, segunda-feira, 20 de junho de 2011 (ZENIT.org) - Bento XVI convidou os jovens da diocese de San Marino-Montefeltro a construir um mundo mais justo e solidário, deixando-se iluminar pelo mistério de Cristo, sem ceder a lógicas individualistas e egoístas.
Depois de uma jornada de visitas, celebrações e encontros em diversas localidades de San Marino, o Papa chegou neste domingo à tarde à pequena localidade de Pennabili, onde teve um encontro com jovens na praça da catedral.
“Não temais enfrentar as situações difíceis, os momentos de crise, as provas da vida, porque o Senhor vos acompanha, está convosco”, afirmou o Pontífice.
Incentivou os jovens a crescerem na amizade com Cristo “através da leitura frequente do Evangelho e de toda a Sagrada Escritura, da participação fiel na Eucaristia como encontro pessoal com Cristo, do compromisso dentro da comunidade eclesial, do caminho com um diretor espiritual válido”.
“Deixai que o mistério de Cristo ilumine toda a vossa pessoa! - convidou. Então podereis levar aos diversos ambientes essa novidade que pode transformar as relações, as instituições, as estruturas, para construir um mundo mais justo e solidário, incentivado pela busca do bem comum.”
“Não cedais a lógicas individualistas e egoístas!”, insistiu, recomendando o testemunho de jovens santos, como Santa Teresa do Menino Jesus, São Domingos Sávio, Santa Maria Goretti, o Beato Pier Giorgio Frassati e o Beato Alberto Marvelli, originário da região.
Busca da verdade
Diante dos milhares de jovens presentes, Bento XVI também se referiu ao sentido da vida, recordando a pergunta do jovem rico do Evangelho: “Bom Mestre, o que devo fazer para receber em herança a vida eterna?” (Mc 10, 17).
“O homem não pode viver sem esta busca da verdade sobre si mesmo – o que sou, para que devo viver –, verdade que conduz a abrir o horizonte e ir mais além do material”, explicou o Papa.
Com força, Bento XVI incentivou os jovens a não ter medo de refletir sobre “as perguntas fundamentais sobre o sentido e o valor da vida”.
“Não vos detenhais nas respostas parciais, imediatas, certamente mais fáceis no momento e mais cômodas, que podem dar algum momento de felicidade, de exaltação, de ebriedade, mas que não oferecem a verdadeira alegria de viver”, afirmou.
E os convidou a aprender “a refletir, a ler de maneira não superficial, mas em profundidade vossa experiência humana”.
“Descobrireis, com surpresa e alegria, que vosso coração é uma janela aberta ao infinito! Esta é a grandeza do homem e também sua dificuldade.”
O Papa também alertou contra a ilusão de acreditar que o progresso técnico-científico pode proporcionar de maneira absoluta respostas e soluções para todos os problemas da humanidade.
“Na verdade, ainda que isso fosse possível, nada nem ninguém teria podido apagar as perguntas mais profundas sobre o significado da vida e da morte, sobre o significado do sofrimento, de tudo, porque estas perguntas estão inscritas na alma humana, em nosso coração, e superam a esfera das necessidades”, indicou.
“O homem, também na era do progresso científico e tecnológico – que nos ofereceu tanto –, continua sendo um ser que deseja mais, mais que a comodidade e o bem-estar; continua sendo um ser aberto à verdade inteira da existência, que não pode deter-se nas coisas materiais, mas que se abre a um horizonte muito mais amplo.”
“O risco é sempre o de permanecer prisioneiros no mundo das coisas, do imediato, do relativo, do útil, perdendo a sensibilidade para o que se refere à nossa dimensão espiritual”, destacou.
Sem desprezar o uso da razão nem rejeitar o progresso científico, segundo Bento XVI, trata-se de “compreender que cada um de nós não está feito somente de uma dimensão 'horizontal', mas que compreende também a 'vertical'”.
E acrescentou: “Os dados científicos e os instrumentos tecnológicos não podem substituir o mundo da vida, os horizontes do significado e da liberdade, a riqueza das relações de amizade e de amor”.
Após seu encontro com os jovens, o Papa voltou a Roma de helicóptero, depois de um dia de visita pastoral à República de San Marino.

Oferecendo orações pelo Papa e recebendo as dele

Vigília pelo 60º aniversário de sacerdócio de Bento XVI
ROMA, segunda-feira, 20 de junho de 2011 (ZENIT.org) - No último sábado, o Movimento de Amor Familiar organizou uma vigília de oração às vésperas do 60º aniversário da ordenação sacerdotal de Bento XVI, na Praça de São Pedro.
Milhares de pessoas se reuniram neste importante lugar para rezar pelo Santo Padre, ainda que, como disse o cardeal Angelo Comastri a ZENIT, “o Papa reza por nós, este é o objetivo da sua vida”. De qualquer forma, “é necessário sustentar-nos mutuamente na Igreja, porque estamos em comunhão, caminhados um ao lado do outro”.
De fato, as orações do Papa pelos fiéis são constantes. Ainda que, durante a vigília na Praça de São Pedro, as janelas do escritório do Papa estivessem abertas e as luzes acesas, enquanto a dos seus aposentos estavam apagadas e as persianas fechadas, parecia que, muito além de qualquer notícia oficial, o Papa acompanhou a vigília.
“Esta iniciativa nasceu há 7 anos – explicou a ZENIT o presidente do Movimento do Amor Familiar, Tommaso Benincasa – para seguir o que o Papa nos pediu. Já João Paulo II pedia que rezássemos por ele, para sustentá-lo em seu pontificado. Nesse momento, a ideia nasceu entre seus dirigentes e agora nos organizamos para rezar por ele. Onde? Na Praça de São Pedro. No começo, éramos poucos, mas depois a iniciativa começou a crescer.”
Em sua homilia, o cardeal Comastri, recordando um discurso do Papa Paulo VI sobre o privilégio de fazer parte da Igreja de Cristo, afirmou: “Jesus quis que sua Igreja tivesse um centro de unidade e é aqui, um centro ao redor do qual se constrói a comunhão; é este. Ele quis que tivesse uma rocha que garantisse a solidez da fé de todos aos ensinamentos de Jesus, e esta pedra é Pedro, e depois dele, está o Bispo de Roma e sucessor de Pedro, que hoje é Bento XVI”.
“O maravilhoso para nós neste momento – comentou com emoção – é poder concluir dizendo que a Igreja Católica atual continua em perfeita continuidade com a Igreja apostólica. O cardeal recordou também a conversão, na Inglaterra, do Beato Henry Newman, que era anglicano, precisamente ao entender a necessidade da continuidade apostólica da Igreja de Cristo.
“Como é belo para nós saber e exclamar neste momento: 'Nós somos a Igreja das origens, somos a Igreja apostólica que atravessou os séculos, e esta garantia vem do fato de que nós estamos com Pedro, com aquele que Jesus quis como eixo, centro e rocha da unidade da Igreja!'. Eu já estou na vontade de Cristo, estou no seu rebanho, porque sou católico, porque estou com Pedro, e hoje podemos dizer que estamos com Bento XVI.”
“Por isso estamos aqui esta noite, para rezar pelo Papa, para cercá-lo de carinho, para dizer-lhe: 'Nós o acompanhamos com as nossas orações, o senhor continua sendo a rocha sobre a qual Jesus constrói, também hoje, neste preciso momento, a sua Igreja'”, concluiu.

Aniversário sacerdotal do Papa, viveiro de vocações

Pe. Lombardi comenta os 60 anos de sacerdócio de Bento XVI, em 29 de junho
CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 20 de junho de 2011 (ZENIT.org) - A Igreja espera que o 60º aniversário de sacerdócio de Bento XVI seja um momento de oração e compromisso, para que Deus abençoe a humanidade com vocações sacerdotais, segundo explicou o porta-voz da Santa Sé.
Joseph Ratzinger recebeu a ordenação sacerdotal em 29 de junho de 1951, junto ao seu irmão Georg, na catedral de Frisinga, por sua eminência o cardeal Michael von Faulhaber. Por este motivo, no mundo inteiro, a Igreja se prepara para comemorar este aniversário na solenidade dos Apóstolos Pedro e Paulo.
O Pe. Federico Lombardi SJ, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, recorda, no último editorial de Octava Dies, do Centro Televisivo Vaticano, que “as conferências episcopais, incentivadas pela Congregação para o Clero, convidam a celebrações de agradecimento e de oração pelas vocações, centradas sobretudo na adoração eucarística, para pedir ao Senhor da messe que envie novos operários à sua vinha”.
“A vida de Bento XVI é, na verdade, uma vida integralmente sacerdotal – acrescenta o Pe. Lombardi. Vocação em idade muito jovem, formação no seminário interrompida somente pelas dramáticas experiências da guerra, ordenação aos 24 anos de idade, junto ao seu irmão mais velho e a um denso grupo de jovens bem provados na fidelidade a Deus e à Igreja.”
“Eles tinham modelos como o jovem sacerdoteAlojs Andritzki, assassinado aos 31 anos em Dachau, em 1943, e proclamado beato há poucos dias, quem, no início da sua prisão, havia jurado: 'Não esqueceremos nem sequer por um instante do nosso sacerdócio'.”
O Pe. Lombardi, em seu editorial, convida toda a Igreja a unir-se espiritualmente à oração do Papa, “pedindo que o exemplo da sua humildade e fidelidade alegre no serviço deste Deus audaz seja um estímulo eficaz para o nascimento de novas vocações e para a santidade de todos os sacerdotes”. 

A família é o sujeito do crescimento

Papa: a família é o sujeito do crescimento
Discurso às autoridades de San Marino
SAN MARINO, domingo, 19 de junho de 2011 (ZENIT.org) - Bento XVI destacou a importância de reconhecer a família como principal sujeito para fazer amadurecer pessoas livres e responsáveis, no contexto atual em que esta instituição é tantas vezes colocada em xeque.
O Papa discursou na tarde deste domingo, no Palácio Público de San Marino, durante o encontro que manteve com os membros do governo, do congresso e do corpo diplomático.
Ele falou que hoje a instituição familiar é questionada, “quase em uma tentativa de ignorar seu irrenunciável valor”.
O Papa denunciou que “os que sofrem as consequências são os grupos sociais mais frágeis, especialmente as jovens gerações, mais vulneráveis e por isso mais facilmente expostas à desorientação, a situações de auto-marginalização e à escravidão das dependências”.
Neste sentido, constatou que, “diminuindo o apoio familiar”, frequentemente os jovens se vêem diante de muitos obstáculos “para uma normal inserção no tecido social”.
“É importante reconhecer que a família, assim como Deus a constituiu, é o principal sujeito que pode favorecer um crescimento harmonioso e fazer amadurecer pessoas livres e responsáveis, formadas em valores profundos e perenes”.
Bento XVI chegou à Praça da Liberdade de San Marino às 16h30. Foi acolhido pelos Capitães Regentes da República.
Após as honras militares e a interpretação dos hinos pontifício e da República de San Marino, o Papa e os Capitães Regentes entraram no Palácio Público. Na Sala do Conselho dos XII foram apresentados ao pontífice os ministros do governo e seus familiares.
Depois o bispo de Roma firmou um livro de visitas ilustres e manteve uma conversação privada com os Capitães Regentes, que concluiu com uma troca de presentes.
Em seguida, houve o encontro oficial com os membros do governo, do congresso e do corpo diplomático.
Ao finalizar o encontro, Bento XVI saudou os organizadores da visita, saiu do Palácio e, com os Capitães Regentes, foi até a Basílica de San Marino.
Acolhido no templo por seu reitor, Dom Lino Tosi, o Papa se deteve depois a adorar o Santíssimo Sacramento.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Bento XVI: Espírito Santo é quem dá vida à Igreja

Papa reconhece tarefa dos doadores de sangue
CIDADE DO VATICANO, domingo, 12 de junho de 2011 (ZENIT.org) – O Espírito Santo é quem guia a Igreja e a torna capaz de cumprir sua missão, afirmou hoje o Papa, ao introduzir a oração do Regina Caeli na Praça de São Pedro.
Citando o beato italiano Antonio Rosmini, o Santo Padre afirmou que, “no dia do Pentecostes dos cristãos, Deus promulgou (…) sua lei de caridade, escrevendo-a por meio do Espírito Santo, não sobre tábuas de pedra, mas no coração dos Apóstolos, comunicando-a depois a toda a Igreja”.
O Espírito Santo, "que é o ‘Senhor da vida’ - como recitamos no Credo -, está unido ao Pai por meio do Filho e completa a revelação da Santíssima Trindade”.
“Provém de Deus como sopro da sua boca e tem o poder de santificar, abolir as divisões, dissolver a confusão devida ao pecado.”
Ele, “incorpóreo e imaterial”, outorga “os bens divinos, sustenta os seres viventes, para que ajam em conformidade com o bem”.
“Como Luz inteligível, dá significado à oração, confere vigor à missão evangelizadora, faz arder os corações de quem escuta a alegre mensagem, inspira a arte cristã e a melodia litúrgica”, acrescentou o Papa.
Este Espírito é quem cria nos cristãos “a fé no momento do nosso Batismo, nos permite viver como filhos de Deus, conscientes e consequentes, segundo a imagem do Filho unigênito”.
Após o Regina Caeli, o Papa quis propor aos presentes o exemplo de um sacerdote alemão, Alois Andritzki, que, com apenas 28 anos de idade, foi executado no campo de concentração de Dachau e que será beatificado amanhã, em Dresde.
Por último, dirigiu-se aos jovens, recordando-lhes que na próxima terça-feira se comemorará o Dia Mundial do Doador de Sangue.
São “milhões de pessoas que contribuem, de forma silenciosa, para ajudar os irmãos em dificuldade. Dirijo a todos os doadores uma cordial saudação e convido os jovens a seguirem seu exemplo”, concluiu.

domingo, 12 de junho de 2011

Liturgia da Palavra: “Recebei o Espírito Santo!”

Por Gabriel Frade, professor de Liturgia e Sacramentos
SÃO PAULO, quinta-feira, 9 de junho de 2011 (ZENIT.org) – Apresentamos o comentário à liturgia do Domingo de Pentecostes, redigido pelo professor Gabriel Frade. Natural de Itaquaquecetuba (São Paulo), Gabriel Frade é leigo, casado e pai de três filhos. Graduado em Filosofia e Teologia pela Pontificia Universitas Gregoriana (Roma), possui Mestrado em Liturgia pela Pontifícia Faculdade de Teologia Nossa Senhora D’Assunção (São Paulo). Atualmente é professor de Liturgia e Sacramentos no Mosteiro de São Bento (São Paulo) e na UNISAL – Campus Pio XI. É tradutor e autor de livros e artigos na área litúrgica.
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Domingo de Pentecostes
(Leituras da Missa da Vigília: 1ª Leitura: Gn 11, 1-9; Sl 32, 10-11.12-13.14-15; 2ª Leitura: Ex 19, 3-8.16-20; Cântico de Daniel 3, 52-56; 3ª Leitura: Ez 37, 1-14; Sl 106, 2-9; 4ª Leitura: Jl 3, 1-5; Sl 103, 1, 2ª.24 e 35c.27-28.29bc-30).
Leituras da missa: 1ª (5ª) At2, 1-11; Sl 103 (104) 1 ab. 24ac. 29bc-30.31.34; 2ª (6ª)1 Cor 12, 3b-7.12-13; Evangelho: Jo 20, 19-23
“Vinde Espírito Criador, [...] fazei-nos conhecer o Pai e revelai-nos o Filho!”
Veni Creator Spiritus (Hino do século IX)
Antes de ser uma festa cristã, Pentecostes era uma celebração judaica particularmente sentida dentro do antigo calendário religioso judeu. Sete semanas depois da festa dos pães ázimos, isto é, da Páscoa, ocorria em Israel a festa das Semanas ou a festa das Primícias (em hebraico, respectivamente, Shabuot e Bikurim).
Essa festa tinha como objeto a ação de graças do povo em virtude da colheita do trigo e, para marcar esse momento, fazia-se no Templo a oferta das primícias a Deus, isto é, os primeiros frutos da terra, simbolizados na entrega de um primeiro feixe colhido no campo.
Era, portanto, uma festa inicialmente de caráter agrícola (cf. Ex, 23, 14; Nm 28, 26) onde se agradecia a generosidade de Deus pelos dons da colheita.
Por ser o qüinquagésimo dia – na antiguidade o primeiro e o último dia de um tempo festivo eram contados como um único dia – a festa foi chamada de pentecostes, isto é, do grego qüinquagésimo (dia).
Era uma festa alegre e que posteriormente foi associada à recordação da conclusão da Aliança no Sinai e à entrega da Lei, oferta generosa de Deus, por meio de Moisés ao Povo eleito (cf. 2 Cr 15, 10-13).
Juntamente com a Páscoa, era uma das grandes festas de peregrinação para Israel (cf. At 20, 16) e à qual todo judeu piedoso era chamado a participar: “Achavam-se então em Jerusalém judeus piedosos, vindos de todas as nações que há debaixo do céu” (At 2, 5).
Além do sentido de gratidão pelas primícias e pela entrega da Lei, havia outros aspectos muito interessantes dentro dessa festa do Antigo Testamento. Fílon de Alexandria, por exemplo, nos faz saber que o número cinquenta tinha um significado especial para os judeus, pois remetia diretamente ao fato do jubileu, isto é, à remissão que a cada cinqüenta anos os judeus deveriam fazer em relação às dívidas e à libertação dos escravos (Lv 25, 10).
De fato, um pouco mais tarde, os Padres da Igreja também tirariam proveito desse simbolismo, ao associarem o número cinqüenta ao perdão dos pecados: “Alguns dizem que este número cinqüenta é símbolo da esperança e da remissão que ocorre em Pentecostes” - dizia Clemente de Alexandria (Stromata, VI, 11).
“Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados ser-lhes-ão perdoados” – Evangelho: Jo 20, 22s.
Fazer a experiência do perdão é experimentar a misericórdia de Deus. A palavra “misericórdia” vem do latim e faz uma referência ao coração (cordis), um órgão que, segundo a cultura greco-romana, quer designar o centro da pessoa, o seu íntimo; mas este termo possui também conotações relativas à mutabilidade: ora o coração está alegre, ora está irritado... Já na língua hebraica o termo usado para dizer a atitude de misericórdia de Deus para com o homem é rahamim, isto é, o ventre, mais precisamente o útero materno.
Experimentar o perdão de Deus é fazer uma experiência profunda de regeneração: “Por ventura tornarão a viver estes ossos? [...] Profetiza a esses ossos: Eis que vou fazer com que sejais penetrados pelo espírito e vivereis”. (Ez 36, 3s).
De fato, é com o dom do Espírito Santo que “os mistérios pascais são levados à plenitude” (cf. Prefácio do Domingo de Pentecostes). Entendemos então porque na missa se pede ao Pai que o Espírito seja derramado para que as oferendas se tornem o corpo e o sangue de Cristo [...] sangue derramado por nós e por todos para a remissão dos pecados (cf. Missal Romano, Oração Eucarística II).
A liturgia, por força do Espírito, nos faz experimentar no hoje da nossa história a efusão do Espírito Santo, nos faz experimentar o mesmo dia de Pentecostes vivido pelos Apóstolos nos primórdios da história do cristianismo:
“No dia de Pentecostes (no termo das sete semanas pascais), a Páscoa de Cristo completou-se com a efusão do Espírito Santo que Se manifestou, Se deu e Se comunicou como Pessoa divina: da sua plenitude, Cristo Senhor derrama em profusão o Espírito” (Catecismo da Igreja Católica n. 731).
Eis porque a Igreja insiste para que seja feita a Vigília da forma mais longa - se possível também com a celebração das Vésperas (Liturgia das Horas) - com a proclamação das leituras do Antigo Testamento, as quais retomam a história da salvação:
“Irmãs e irmãos caríssimos, a exemplo dos Apóstolos e discípulos que, com Maria, a Mãe de Jesus, perseveraram em oração, aguardando o Espírito prometido pelo Senhor, ouçamos, de ânimo sereno, a Palavra de Deus”. (Missal Romano, Apêndice, 1).
É através da efusão do Espírito em nossos corações que temos a certeza que Deus nos ama e nos perdoa; que Ele nos oferece a possibilidade de reencontrarmos a unidade perdida; a nós, que vivemos fragmentados dentro de um mundo fragmentário (Gn 11, 1ss – a torre de Babel); justamente a nós foi dada a possibilidade da unidade: “com efeito o corpo é um e, não obstante, tem muitos membros, mas todos os membros do corpo, apesar de serem muitos, formam um só corpo. Assim também acontece com Cristo” (1 Cor 12, 12).
E essa unidade só é possível em Cristo, o homem por excelência, por meio do Espírito. É o que nos diz Santo Irineu neste belíssimo texto quando equipara o Espírito à água:
“Assim como a farinha seca não pode, sem água, tornar-se uma só massa nem um só pão, nós também, que somos muitos, não poderíamos transformar-nos num só corpo, em Cristo Jesus, sem a água que vem do céu. E assim como a terra árida não produz fruto se não for regada, também nós, que éramos antes como uma árvore ressequida, jamais daríamos frutos de vida, sem a chuva da graça enviada do alto”. (Santo Irineu, Tratado contra as Heresias, lib. 3, 17, 1-3)
A ação do Espírito contempla sem dúvida alguma também a dimensão do sujeito individual. Isso fica patente ao longo da celebração litúrgica quando, por exemplo, a voz do salmista, ao cantar na Sequência de Pentecostes, se expressa nestes termos:
Sem a tua luz/nada o homem pode/nenhum bem há nele/lava o que é sujo/rega o que é árido/cura o que está doente/Dobra o que é duro/aquece o que é frio/abre caminho nas trevas
Mas há que se dizer que esta não é, por certo, a dimensão maior.
Pentecostes é algo que nos contempla enquanto pessoas, indivíduos, mas é também algo que nos supera e em muito. O Espírito sopra onde quer (Jo 3, 8) e o Pai santifica a sua Igreja, una, em meio às diversidades humanas, e derrama por toda a extensão do mundo os dons do Espírito para que se realize agora no coração dos fiéis as maravilhas que ele operou (cf. Oração do Dia).
Receber o Espírito de Deus significa estar aberto não só a Deus, mas também ao próximo; significa concretamente abrir mão da própria individualidade para ir em direção ao outro, significa “anunciar as maravilhas de Deus” (At 2, 11), o Evangelho eterno (cf. Ap 14, 6), feito não só de palavras, mas de gestos concretos; significa saber discernir os tempos e os momentos; significa saber escutar a voz delicada e interior desse Espírito que geme dentro de nós e nos faz proclamar que “Jesus é o Senhor!”. (1 Cor 12, 3).
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[Dom Emanuele Bargellini, Prior do Mosteiro da Transfiguração (Mogi das Cruzes - São Paulo), que originalmente assina esta Seção, está em viagem à Itália para compromissos de sua comunidade. Ele retorna em quatro semanas. Os comentários deste período estão sob sua curadoria.]

O Santo padre o Papa Bento XVI

O Fogo do Espírito em Pentecostes inflama
os corações para anunciar a Cristo,
afirma o Papa Bento XVI.


Vaticano, 12 Jun. 11 / 11:34 am (ACI/EWTN Noticias)
Ao presidir a oração do Regina Caeli este domingo após ter celebrado a Missa pela Solenidade de Pentecostes, o Papa Bento XVI assinalou que neste dia os corações dos cristãos recebem o fogo do Espírito Santo para anunciar que “Cristo é o Senhor”.
Em suas palavras prévias à oração Mariana na Praça de São Pedro, o Papa recordou que o Pentecostes, além de marcar a conclusão do tempo da Páscoa, constitui “o ‘batismo’ da Igreja, batismo no Espírito Santo”.
“Conforme narram os Atos dos Apóstolos, – recordou Bento XVI na nota divulgada pela Rádio Vaticano- na manhã da festa de Pentecostes, um fragor como de vento atingiu o Cenáculo e sobre cada um dos discípulos desceram como línguas de fogo. São Gregório Magno comenta: “Hoje, o Espírito Santo desceu com um som repentino sobre os discípulos e mudou as suas mentes de seres carnais e enquanto fora apareciam línguas de fogo, dentro os corações tornaram-se flamejantes, pois, acolhendo Deus na visão do fogo, suavemente arderam por amor”.

segunda-feira, 6 de junho de 2011




"Deixa que a compaixão te aclare os olhos e lubrifique os ouvidos, a fim de que possas ver e escutar em louvor do bem." (Emmanuel)

Melhorar o mundo é melhorar os seres humanos. A compaixão é a compreensão da igualdade de todos os seres, é o que nos dá força interior. Se só pensarmos em nós mesmos, nossa mente fica restrita. Podemos nos tornar mais felizes e, da mesma forma, comunidades, países e até um mundo melhor. Ter com-paixão é sofrer com. É ir ao encontro de. É tornar-se mais humano e fazer com que as coisas se humanize A compaixão ajuda a iliminar a violência, o egoísmo dos homens, das mulheres, do mundo. Quando cultivamos a compaixão temos mais saúde, pois experimentamos a verdadeira alegria.

Pratique a compaixão com as pessoas, pois Deus é compassivo e misericordioso com cada um de nós. A com-paixão nos coloca na pele e na dor daquele (a) que necessita de nosso olhar, de nossa companhia, de nosso tempo. Não negue ajuda a quem te pede. Se possível, ofereça, pois a caridade nos impele a praticar a solidariedade e a fraternidade...
Paz e bênçãos do Divino Pai Eterno!

Abraços terapêuticos e boa semana!


Pe. Carlos, CSsR.

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