segunda-feira, 1 de outubro de 2012

É possível evangelizar nas redes sociais da internet
Mensagem de Bento XVI para a Jornada Mundial das Comunicações 2013

Por José Antonio Varela Vidal

CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 01 de outubro de 2012 (ZENIT org) – Os comunicadores digitais católicos, ou dito de outra forma, “os evangelizadores da Rede”, receberam o apoio do santo Padre Bento XVI pelos seus grandes esforços em entender a linguagem dos meios de hoje – com poucas horas de descanso e não poucas incompreensões -, de modo que a mensagem de Cristo permaneça em vigor nas redes sociais da internet.

Esta boa notícia chegou a cada dispositivo móvel ou fixo que estivesse na rede, quando na sexta-feira foi publicado o tema da 47ª Jornada Mundial das Comunicações Sociais 2013, com a qual o Papa orientará a Igreja Universal sobre este importante campo, denominado por ele mesmo “um continente digital”. É que a questão escolhida não podia ser mais oportuna e clara: “Redes Sociais: portais de verdade e de fé; novos espaços para a evangelização".

De acordo com a nota de apresentação do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais, o tema se enquadra muito bem no contexto do Ano da Fé, dado que o “modo de humanizar e vitalizar um mundo digital impõe hoje uma atitude mais definida: já não se trata de usar a internet como “meio” de evangelização, mas de evangelizar considerando que a vida do homem moderno também se expressa no ambiente digital”.

Em particular, acrescenta o comunicado, "é necessário considerar o desenvolvimento e a grande popularidade das redes sociais, que permitiram o crescimento de um estilo dialógico e interativo na comunicação e nos relacionamentos."

Cabe destacar que a iminente Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos, dedicada à Nova Evangelização, também abordará o tema. Por isso o anúncio da Jornada chega a tempo. Nos parágrafos 59-62 do Instrumentum Laboris, referindo-se às "Novas fronteiras do cenário comunicativo”, há referências explícitas a esse desafio, com um convite para que os cristãos tenham "a audácia de ir a esses “novos areópagos”, aprendendo a dar uma avaliação evangélica, encontrando os instrumentos e os métodos para fazer ouvir também hoje nestes lugares o patrimônio educativo e a sabedoria custodiada pela tradição cristã (62c)".

As experiências são contadas por milhões hoje, onde os correios eletrônicos e mensagens de texto do celular com frases ou mensagens evangelizadoras, passaram -  sem parar estes primeiros – a novos espaços, como os blogs do bispo ou pároco, as redes sociais das religiosas e dos leigos, os tweets das assessorias de imprensa dos episcopados e dioceses, ou as web 2.0 dos entendidos na pastoral das comunicações.

É assim que esta Jornada Mundial das Comunicações Sociais 2013, que segue fielmente o mandamento do Vaticano II por quase 50 anos, animará os que ainda têm dúvidas sobre a potencialidade destes meios, a ‘remar mar adentro’ e ocupar seu espaço. E àqueles que já os utilizam, será um consolo para buscar novos meios e caminhos, para que mais e mais pessoas façam-lhes um sincero clic em “curto” ou lhes sigam... A Jornada Mundial das Comunicações do ano 2013 será celebrada no dia 12 de maio, durante a solenidade da Ascensão do Senhor. A mensagem integral do santo padre será divulgada no dia 24 de janeiro, sempre na festa de São Francisco de Sales, padroeiro dos escritores e jornalistas.

[Trad.TS]

domingo, 25 de dezembro de 2011

“Glória a Deus no mais alto dos céus e paz na terra aos homens por Ele amados” (Lc 2,14).


Os anjos cantam o fantástico nascimento de Jesus. Os céus descem à Terra num encontro ímpar, pois Deus visitou-nos de maneira especial enviando Seu Filho Jesus. Unamos nossas vozes aos anjos dos céus e que nossos corações pulsem nessa mesma sintonia, nessa mesma alegria: É Natal de Jesus, é tempo favorável de modificarmos nossas vidas...

Que possamos abrir nossas mentes para a Luz Divina, pois já não mais caminhamos na escuridão. Agora rumamos todos para Belém, a Casa do Pão, onde Deus faz morada e alimenta nossas vidas, sonhos e esperanças. Celebremos com júbilo e cantemos com os Anjos esse feliz encontro de Deus com a humanidade: “Glória  a Deus nas alturas e paz na terra aos homens e mulheres de boa vontade”...

FELIZ NATAL! BOAS FESTAS!!!
(Pe. Carlos CSsR)

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Sumo Pontífice – Papa João Paulo II

Por que parou de sonhar?

 
Cadê aquele sonhador de primeira qualidade que você foi um dia? O que aconteceu com o sonhador que você foi um dia?

Volte a se permitir ter seus sonhos, planos, objetivos, metas. E volte a sonhar alto, grande! Sonhe muito, viu?

Nada deve atrapalhar ou impedir aquele seu jeito juvenil de sonhar. Nunca mais deixe que o medo ou que as lembranças das derrotas possam influenciar sua positividade, sua esperança.

Articule mais os seus sonhos e insista com eles, sempre! Seja criativo! Vamos, experimente! Afinal, você sempre foi um especialista em sonhos.

Você sabe que precisa ter sonhos. Todos os dias! Todas as horas! Sabe que precisa se servir deles quando precisar se levantar.

Acredite mais na vida! Acredite mais em você! Acredite no mundo, nas pessoas! E volte a sonhar! Volte a planejar e desejar uma vida melhor pra você e para as pessoas que fazem parte de sua vida. Volte a mudar o rumo da sua vida porque você pode, você é capaz e principalmente porque você merece, viu?

Faça agora mesmo uma lista dos seus sonhos, dos seus desejos. Vamos, capriche e não deixe nada de lado. Deseje tudo com sentimento, com força. Sonhar é ser merecedor desta vida por completo.

Diga a você mesmo que merece tudo de bom! Porque toda vez que fizer essa afirmação, você estará cultivando sua luz interna, sua luz poderosa, sua luz divina.... Aquela mesma luz de sempre ter esperanças. Aquela mesma luz que nunca poderá se apagar.

Nunca esqueça que o Universo está do seu lado.

Bom Dia! Bom Divertimento!

"Nunca mais pare de sonhar e siga firme e em frente. Porque o destino é você quem faz"

O Papa exorta a rezar confiando na vontade amorosa de Deus

Vaticano, 14 Dez. 11 / 10:38 am (ACI/EWTN Noticias)

Na catequese de hoje o Papa Bento XVI animou os católicos a rezarem confiando sempre na vontade amorosa de Deus que sempre escuta as orações de seus filhos embora às vezes “pareça” o contrário. Assim indicou o Santo Padre na audiência geral desta quarta-feira na Sala Paulo VI no Vaticano.
Diante de milhares de fiéis provenientes de diversas nações do mundo, o Santo Padre meditou sobre a oração de Jesus na que Ele pede a cura das doenças. Para isso se centrou nos episódios do surdo-mudo e na ressurreição de seu amigo Lázaro.
O Papa disse que a cura do surdo-mudo nos mostra que “a ação curadora de Jesus está conectada com a sua intensa relação, tanto com o próximo – o doente – quanto com o Pai. (…) Com um gesto, o Senhor toca as orelhas e a língua do doente, ou seja, os locais específicos da sua enfermidade. A intensidade da atenção de Jesus manifesta-se ainda nos traços peculiares da cura: Ele usa os próprios dedos e, até mesmo, a própria saliva. Também o fato de que o Evangelista reporte a palavra original utilizada pelo Senhor – “Éfata”, ou seja, “Abre-te” – evidencia o caráter singular da cena.
“O conjunto da narração, portanto, mostra que o envolvimento humano com o doente leva Jesus à oração. Mais uma vez ressurge a sua relação única com o Pai, a sua identidade de Filho Unigênito. N’Ele, através de Sua Pessoa, torna-se presente o agir curador e benéfico de Deus”.
Na ressurreição de Lázaro, prosseguiu o Papa, também se entrelaçam a relação de Jesus com um amigo e seu sofrimento, e a relação filial com o Pai: “o afeto sincero pelo amigo é evidenciado também pelas irmãs de Lázaro, bem como pelos Judeus, e manifesta-se na comoção profunda de Jesus frente à dor de Marta e Maria e de todos os amigos de Lázaro, ao ponto de romper em prantos – tão profundamente humano – ao aproximar-se da sepultura”.
Bento XVI disse logo que Cristo interpreta a morte do amigo “em relação com a própria identidade e missão e com a glorificação que Lhe espera. À notícia da doença de Lázaro, de fato, Ele comenta: “Esta enfermidade não causará a morte, mas tem por finalidade a glória de Deus. Por ela será glorificado o Filho de Deus”.
Assim, “o momento da oração explícita de Jesus ao Pai em frente à sepultura é o começo natural de todo o acontecimento”. Narra o evangelista João: “Levantando Jesus os olhos ao alto, disse: ‘Pai, rendo-te graças, porque me ouviste’: é uma Eucaristia“.
Esta frase, afirmou o Papa Bento XVI, “a frase revela que Jesus não deixou nem sequer por um instante a oração de súplica pela vida de Lázaro. Essa oração contínua, mais ainda, reforçou os laços com o amigo e, ao mesmo tempo, confirmou a decisão de Jesus de permanecer em comunhão com a vontade do Pai, com o seu plano de amor, no qual a doença e a morte de Lázaro são consideradas como um lugar em que se manifesta a glória de Deus”.
O Pontífice disse logo que este relato nos faz compreender que “na oração de súplica ao Senhor, não devemos esperar um cumprimento imediato daquilo que nós pedimos, da nossa vontade, mas confiar-nos antes de mais nada à vontade do Pai, lendo cada evento na perspectiva da sua glória, do seu plano de amor, muitas vezes misterioso aos nossos olhos”.
“Por isso, na nossa oração, súplica, louvor e agradecimento deveriam fundir-se, também quando nos parece que Deus não responde às nossas expectativas concretas. O abandonar-se ao amor de Deus, que nos precede e acompanha sempre, é uma das atitudes de fundo do nosso diálogo com Ele”.
“Também para nós, portanto, muito além daquilo que Deus nos dá quando O invocamos, o maior dom que pode nos dar é a Sua amizade, a Sua presença, o Seu amor. Ele é o tesouro precioso a se pedir e proteger sempre”.
O Santo Padre indicou além que ” Com a sua oração, Jesus quer conduzir à fé, à confiança total em Deus e na Sua vontade, e quer mostrar que este Deus que tanto amou o homem e o mundo a ponto de mandar Seu Filho unigênito (cf. Jo 3,16) é o Deus da vida, que leva esperança e é capaz de derrubar as situações humanamente impossíveis. A oração confiante de um crente, portanto, é um testemunho vivo dessa presença de Deus no mundo, do seu interessar-se pelo homem, do seu agir para realizar o seu plano de salvação “.
“Em Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, a atenção pelo outro, especialmente se necessitado e sofredor, o comover-se frente à dor de uma família amiga, levam-nO a dirigir-se ao Pai, naquela relação fundamental que guia toda a sua vida. Mas também vice-versa: a comunhão com o Pai, o diálogo constante com Ele, impele Jesus a estar atento de modo único às situações concretas do homem, para levar a ele a consolação e o amor de Deus”.
“Queridos irmãos e irmãs, nossa oração abre a porta a Deus, que nos ensina a sair constantemente de nós mesmos para sermos capazes de nos fazer próximos dos outros, especialmente nos momentos de provação, para levar a eles consolação, esperança e luz”.
“O Senhor nos conceda sermos capazes de uma oração sempre mais intensa, para reforçar nossa relação pessoal com Deus Pai, alargar nosso coração à necessidade dos que nos são próximos e sentirmos a beleza de ser “filhos no Filho”, unidos com tantos irmãos”, concluiu o Papa.
Ao final da catequese, o Santo Padre saudou em diversos idiomas incluindo o português e disse: “Saúdo cordialmente os grupos brasileiros da diocese de Pato de Minas e da paróquia de Silvânia e restantes peregrinos de língua portuguesa, a todos recordando que a oração abre a porta da nossa vida a Deus. E Deus ensina-nos a sair de nós mesmos para ir ao encontro dos outros que vivem na prova, dando-lhes consolação, esperança e luz. De coração, a todos abençôo em nome do Senhor!

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Imaculada Conceição é o dogma que assegura a concepção de Nossa Senhora sem o pecado original, a mancha original, a 'macula', por isso imaculada.

nesta quinta-feira (8), Festa da Imaculada Conceição, um artigo da Rádio Vaticana, que nos leva a refletir e conhecer um pouco mais sobre o Dogma da Imaculada Conceição.



O dogma diz que, desde o primeiro instante de sua existência, a Virgem Maria foi preservada por Deus desse pecado original e, ao mesmo tempo, ficou cheia de graça.

Por isso toda sua vida foi sem pecado. Tudo isso em vista de sua missão de dar à luz Jesus Cristo.

Foi o Papa Pio IX em sua bula ‘Ineffabilis Deus’, assinada em 8 de dezembro de 1854, quem definiu como dogma a Conceição Imaculada da Beata Virgem Maria. Ele se baseou na afirmação de Genesis 3, 15: Porei inimizade entre ti e a mulher, entre sua descendência e a dela, e em outras passagens bíblicas, como por exemplo, a saudação angélica chamando Maria de ‘cheia de graça’.

“Em honra da santa e indivisa Trindade, para decoro e ornamento da Virgem Mãe de Deus, para exaltação da fé católica, e para incremento da religião cristã, com a autoridade de Nosso Senhor Jesus Cristo, dos bem-aventurados Apóstolos Pedro e Paulo, e com a nossa, declaramos, pronunciamos e definimos a doutrina que sustenta que a beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha de pecado original, essa doutrina foi revelada por Deus e, portanto, deve ser sólida e constantemente crida por todos os fiéis”, menciona.

Os padres da Igreja, tanto do Ocidente, como do Oriente, propagaram essa crença.

Já no Século II essa crença existia e Maria era identificada como a ‘Nova Eva’, ao lado de Jesus, o ‘Novo Adão’. Maria ajuda a descobrir e a respeitar o lugar da mulher na salvação da humanidade.

Ao lado do verdadeiro Adão foi criada a verdadeira Eva: Maria é parte do mistério de Cristo. Onde havia abundado o pecado, a graça superabundou.

A Imaculada é o sinal de que, com a ressurreição de Cristo, o mal já está vencido ‘de início’ se uma criatura pôde ser cheia de graça desde o primeiro instante de sua existência.

No século VIII já se celebrava a festa litúrgica da Conceição de Maria, no dia 8 de dezembro e, consequentemente, o seu Natal, no dia 8 de setembro.

No século XI, a Inglaterra e a Normandia celebravam a festa da Imaculada Conceição de Maria.

Em 1439, o Concílio de Basiléia considerou a CONCEPÇÃO IMACULADA de Maria como verdade de fé. Desde 1476, através de um documento do Papa Sisto IV, o dia da Imaculada, 8 de dezembro, foi definido como festa universal.

Ainda no século XV, o franciscano Frei Bernanrdino de Bustis compôs o Ofício da Imaculada Conceição, aprovado pelo Papa Inocêncio XI, em 1678.

Em 1858 Bernadete Soubirous, afirmou ter visto uma aparição que se autodenominou de ‘Imaculada Conceição’ na localidade de Lourdes, diocese de Tarbes na França. O caso foi submetido às autoridades civis locais e eclesiásticas, após o que o bispo de Tarbes deu por confirmadas as aparições como sendo da Virgem Maria.

As autoridades civis francesas se viram impotentes para impedir a devoção de milhares de peregrinos na época, atualmente Lourdes se transformou num lugar de peregrinação internacional de milhões de católicos devotos da Virgem Maria.

No dia 8 de dezembro de 2007 o papa Bento XVI, após a recitação do Angelus, comentou que nesta festa solene se recorda que ‘o mistério da graça de Deus envolveu desde o primeiro instante de sua existência à criatura destinada a converter-se na Mãe do Redentor, preservando-a do contágio com o pecado original.

Ao contemplá-la, reconhecemos a altura e a beleza do projeto de Deus para cada ser humano: chegar a ser santos e imaculados no amor (Efésios 1, 4), a imagem de nosso Criador."

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

"A música é uma linguagem universal que nos eleva à Deus"

O comentário do Papa no final do concerto realizado no Vaticano pelo Principado das Astúrias
CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 28 de novembro, 2011 (ZENIT.org) - No sábado à tarde, 26 de novembro, a jornada do Santo Padre foi animada por um concerto em sua honra, oferecido pelo Governo do Principado das Astúrias e realizado na Sala Paulo VI.
A Orquestra Sinfônica do Principado das Astúrias, dirigida pelo maestro Maximiano Valdés interpretou músicas de Manuel de Falla (1876-1946), Isaac Albeniz (1860-1909), Jesús Rueda (1961), Richard Strauss (1864-1949), Nikolai Rimsky-Korsakov (1844-1908).
A organizadora do evento foi a Fundação Maria Cristina Masaveu Peterson, cujo presidente, Fernando Masaveu, dirigiu as palavras de abertura em homenagem à Bento XVI.
Após a execução, o Papa agradeceu aos organizadores e músicos pelo “maravilhoso concerto” e pela possibilidade que teve, por meio dele, de fazer uma "viagem interior" através do "folclore, dos sentimentos e do mesmo coração da Espanha".
O Santo Padre - que, como é conhecido, toca o piano e é um grande apaixonado pela música clássica - sublinhou a "característica de fundo" das razões ouvidas na noite passada: "a capacidade de comunicar musicalmente sentimentos, emoções, e mais, eu diria quase o tecido da vida cotidiana".
O concerto oferecido pelo Principado das Astúrias, fundindo elementos da música popular e da música clássica, transmitiu, em muitos dos seus passos, uma verdadeira "alegria de viver, de clima de festa", disse o Papa.
Das composições ouvidas ontem, no entanto, de acordo com o Papa, emerge também um elemento "mais hispânico" que é "aquele religioso que está profundamente impregnado no povo Espanhol”.
Na passagem de Rimsky-Korstakov, por exemplo, aparecem "uma antiga invocação das Astúrias com a qual pede a proteção da Virgem Maria e de São Pedro" e "um hino cigano à Nossa Senhora ", disse Bento XVI.
"São as maravilhas que obram a música, esta linguagem universal que nos permite superar qualquer barreira e entrar no mundo do outro, de uma Nação, de uma cultura, e nos permite também dirigir a mente e o coração para o Outro com “O” maiúsculo,  de elevar-nos ao mundo de Deus", continuou o Santo Padre, antes dos agradecimentos e da bênção final.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Fraternidade

Leigos MSC, discípulos e missionários de Jesus, Luz do Mundo (DA 209)
“Ide, portanto, e fazei que todas as nações se tornem discípulos, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ensinando-as a observar tudo quanto vos ordenei. E eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos!” Mt 28,19-20.
Discorrer sobre o laicato, ou até explanar sobre os nossas fraternidades leigas MSC se faz necessário partir do Concílio Vaticano II, mais especificamente da Constituição Dogmática Lumen Gentium sobre a Igreja, nº 31 segundo o qual assevera que “os fiéis batizados, incorporados a Cristo, membros do povo de Deus, participantes da função sacerdotal, profética e régia de Cristo, que tomam parte no cumprimento da missão de todo o povo cristão, na Igreja e no mundo”. Desse modo, todos os fiéis batizados são co-responsáveis para com a missão, cuja razão é haurida do próprio Cristo.
A missão se dá nas mais diversas realidades principalmente aonde os presbíteros não chegam.
Aqui desempenharão sua atividade por meio do seu testemunho de vida e no engajamento social, a fim de contribuírem para com a transformação das realidades e para a articulação e implementação de estruturas sociais justas segundo o Santo Evangelho.
Nisso, os leigos MSC trazem consigo um aspecto peculiar o qual concerne em abraçar aquilo que o Concílio propõe a partir da perspectiva do Carisma dos Missionários do Sagrado Coração de Jesus, o qual se configura em ser sinal do Amor, da Misericórdia e da Justiça de Deus por toda a parte. Em outras palavras, é levar adiante o carisma deixado pelo fundador dos MSC o Pe. Chevalier,mSC (1824-1907) aos dias de hoje, ou seja, “somos amados por Deus para amar a todos”, assim bem traduziu o teólogo da libertação, Pe. Libânio, SJ.
Nós leigos MSC estamos presentes em São Paulo no Santuário Nacional de Nossa Senhora do Sagrado Coração onde nos encontramos uma vez no mês para rezar a partir da Palavra de Deus, estudar sobre a vida da família MSC, refletir sobre a realidade, para conviver e traçar linhas de atuação na sociedade à luz do carisma MSC. Isso também de modo semelhante ocorre nas demais fraternidades espalhadas pelo Brasil afora, tais como a fraternidade situada na Paróquia São Benedito das Vitórias na Vila Formosa-SP; estamos também em Campinas-SP na Paróquia de São José na Vila Industrial; no município de Itajubá-MG, em Pirassununga, em Fortaleza-CE, no Estado do Rio de Janeiro e em Curitiba-PR.
Em suma, percebemos e procuramos a cada dia levar a sério o ministério leigo, considerando-o a partir de um espírito de comunhão e participação (DA 213).
Fr. Otacílio Barreto Fernandes Júnior,mSC

Dia 21 celebraremos a morte do fundador (msC) Congregação dos Missionários do Sagrado Coração

Estamos na semana Chevalier.
Dia 21 celebraremos a morte do nosso fundador. É tempo de prece e oração pelo servo de Deus Pe. Chevalier e um tempo de reflexão sobre a nossa congregação missionária.
Tudo começou no século XIX, no ano de 1854, na pequena cidade de Issoudun, diocese de Bourges, na França, onde nasceu a Congregação dos Missionários do Sagrado Coração, fundada pelo jovem sacerdote de 30 anos, Júlio Chevalier.
Quando ele assumiu a Paróquia, percebeu que o povo estava abandonado, havia uma grande indiferença religiosa nas pessoas e descobriu no Coração misericordioso de Cristo a fonte inesgotável da verdadeira felicidade. Quis, então, que o Sagrado Coração de Jesus fosse amado por toda parte. Não mediu esforços para vencer todas as dificuldades e conseguiu viabilizar a nova Congregação. Contou com especial proteção de Nossa Senhora, a quem havia se consagrado desde a infância. O título dado a Maria, Nossa Senhora do Sagrado Coração é hoje conhecido no mundo inteiro.
No dia 8 de dezembro de 1854, dia em que o Papa Pio IX declarava solenemente o dogma da Imaculada Conceição, nascia a Congregação dos Missionários do Sagrado Coração, que teria que levar aos mais sofridos, espiritual e materialmente, o Amor revelado no Coração do Verbo de Deus, Jesus Cristo.
Padre Júlio Chevalier, homem de Deus, não se decepcionou. Hoje, os Missionários do Sagrado Coração trabalham nos cinco continentes, fazendo valer seu lema:
“Amado seja por toda parte o Sagrado Coração de Jesus.”
Segundo nossa espiritualidade do coração
Nosso carisma espiritualidade e missão de coração não são dons para vivê-los no deserto. Deus não é sozinho, mas sim uma comunidade de amor. A ação do Espírito Santo abraça integralmente nossa pessoa e não admite ambigüidade, o que somos deve corresponder ao que fazemos, a Espiritualidade de Coração deve ser vivida dentro e fora das nossas instituições. Nunca devemos prescindir da realidade de que não somos ilhas, pelo contrário, devemos ser pessoas sociais, e que nós todos temos necessidade uns dos outros para se poder viver. Somos seres em marcha e necessitamos amar e nos sentirmos amados para realizar cabalmente nosso processo de ser pessoa. A riqueza da nossa espiritualidade do coração é uma força dinâmica para fomentar o clima próprio de nosso desenvolvimento humano. Temos necessidade de ser acolhidos, aceitos, valorizados e que nos ajudem a crescer, a superar-nos constantemente. A espiritualidade do coração vivida dentro do nosso grupo humano, é uma ajuda da qual não podemos nos subtrair. ” Na Congregação, ninguém é estranho nem forasteiro, pelo contrário, todos somos irmãos no Coração de Cristo. Na comunidade, há de imperar grande caridade. Que uns e outros se respeitem; se tratem com bondade e cordialidade; evitem, o quanto possível, o que recenda à afetação e à auto-suficiência ; nunca procurem ser dominadores e espalhafatosos; esmerem-se em praticar as virtudes do Coração de Jesus: sua mansidão e sua humildade “.
Não podemos nos esquecer de que somos seres em marcha, com suas luzes e sombras, com suas capacidades e limitações, com habitual estado de graça e com momentos de pecado. Afinal, é a realidade humana. A grande tentação que nos assalta é a de dar mais valor ao ideal, o que deverá ser, do que à realidade, o fazer; daí é que provêm as tantas frustrações que matam a dinâmica de construir a comunidade.
Todavia, há frustrações e feridas que carregamos desde a infância ou que se desenvolveram em nós, ao não sentirmos valorizados e feridos, ao longo da vida. Deveríamos fazer o possível de usar de todos os meios, até mesmo ajuda psicológica, para nos livrar delas. Deus, seu povo e a Congregação esperam o melhor de você. O bom humor de que nos falam nossas Constituições (N.° 32), é de grande valia para superarmos muitas limitações pessoais e comunitárias. Lembremo-nos de que diziam alguns MSC.: ” um Missionário do Sagrado Coração é alguém que ri de si mesmo e sorri para os outros”.
Uma Característica
A idéia mestra de Júlio Chevalier sobre como deveria viver e agir sua pequena Congregação, seu ponto forte da própria concepção da vida religiosa, está contida nesta frase que todos conhecemos: ” Os que entram para nossa Congregação podem aceitar que outros os superem em ciência, em mortificação, em pobreza, mas que não permitam ser vencidos em obediência e caridade fraterna”.
A obediência e a comunidade estão estreitamente ligadas a Júlio. São elementos essenciais e complementares do nosso ser Missionário do Sagrado Coração. Obedecer é estar à escuta de Deus; a escuta bíblica compreende algumas atitudes específicas que se resumem em estar atentos, em compreender, em assumir e consentir livremente. Para Chevalier essas atitudes têm de ser agilizadas em comunidade. A obediência é um relacionamento pessoal com Deus e com os irmãos que, ao deixar de lado o interesse pessoal permitem um forte relacionamento com todos, na realização da missão de coração. (Cf. Constituições, n.05 31,40,41,101,102,103,120).
O Pé. Cuskelly escrevia: ” Considero que um missionário, como membro de uma comunidade, como quem pertence a um grupo, deve se esforçar asceticamente a entregar-se a esse grupo e por ele, renunciando toda e qualquer ação individual, a ajudar a construir a comunidade … Um missionário que, na verdade, não vive como alguém que pertence ao grupo não vive a caridade fraterna, tal como exigia o Pé. Chevalier. Se não se têm a obediência e a prática da caridade, como uma ação que se enraíza no próprio íntimo da caridade fraterna da comunidade e da fraternidade, acaba-se fazendo uma falsa idéia da obediência, tal como a concebeu o Fundador”.
Amado seja por toda parte o Sagrado Coração de Jesus.

sábado, 8 de outubro de 2011

Igrejas cristãs exigem que não seja aprovado o aborto nem o “matrimônio gay” no Chile

SANTIAGO, 05 Out. 11 / 11:29 am (ACI) Líderes das diferentes confissões cristãs presentes no Chile entregaram esta segunda-feira uma carta às autoridades executivas, legislativas e judiciais, para exortá-las a não aprovar o aborto nem as uniões homossexuais, porque vão contra os valores sobre os quais se fundou o país e que são a base da sociedade.
“Considerando que mais de 85 % da comunidade nacional se declara de convicções cristãs, convidamos nossas autoridades e legisladores a uma séria reflexão a respeito das conseqüências que legislações como as assinaladas podem importar para o futuro do Chile”, expressaram na carta.
Os assinantes disseram que respeitam aqueles que pensam diferente, mas indicaram que isso “não legitima que sejam introduzidas mudanças conceituais drásticas na legislação que afetem as profundas convicções arraigadas em nosso povo”.
“À autoridade corresponde reconhecer que existem princípios e valores imutáveis que alimentaram a alma e os alicerces de nossa nação, cristã desde seus inícios. Quem não os aceite têm todo o direito de fazê-lo, mas a lei é uma ordenação social, moral e ética para todos e não pode impor-se contrariando a natureza das coisas e vulnerando, acreditam, o sentir majoritário do país”, afirmaram.
Do mesmo modo, rechaçaram que o projeto contra a discriminação “use o termo ‘orientação sexual’, um conceito cuja ambigüidade derivou, em outras nações, em uma distorção da sexualidade e das bases da família, assim como em um sério perigo para o exercício de numerosas liberdades, entre outras a religiosa, que são os fundamentos de uma sociedade livre”.
“Tampouco gostaríamos que, em virtude deste pretexto, chegue-se a permitir o matrimônio e a adoção de crianças e jovens por pessoas do mesmo sexo unidas legalmente”, acrescentaram.
Os líderes cristãos pediram a Deus que ilumine as autoridades chilenas e reiteraram seu “chamado fraternal” às autoridades do Poder Executivo, Legislativo e Judicial, para que “compreendam que estas iniciativas de lei, atualmente em estado de tramitação, são atentatórias ao desenvolvimento de valores e instituições fundamentais como a vida, o matrimônio e a família”.
“A saúde ou enfermidade de uma sociedade e de seu Estado se reflete na situação de suas famílias”, afirmaram.
A carta foi assinada pelo Presidente da Conferência Episcopal Chilena, Dom Ricardo Ezzati; e os representantes da Igreja Ortodoxa do Chile, Arcebispo Sergio Abade; Mesa Ampliada de Organizações Evangélicas, Bispo Emiliano Soto; Igreja Anglicana do Chile, Arcebispo Héctor Zavala; Igreja Metodista Pentecostal, Bispo Roberto López; e Igreja Pentecostal Apostólica, Bispo Francisco Anabalón.


terça-feira, 4 de outubro de 2011

Papa pede orações por doentes terminais

Intenções confiadas ao Apostolado da Oração
CIDADE DO VATICANO, domingo, 2 de outubro de 2011 (ZENIT.org) – No mês de outubro, que acaba de começar, o Papa Bento XVI pede aos fiéis que rezem pelos doentes terminais.
Esta é a proposta que dirige nas intenções contidas na carta pontifícia confiada por ele ao Apostolado da Oração, iniciativa seguida no mundo inteiro por quase 50 milhões de pessoas.
O Pontífice confia, cada mês, duas intenções de oração, uma geral e outra missionária.
A geral deste mês de outubro diz: “Pelos doentes terminais, para que, em seus sofrimentos, sejam sustentados pela fé em Deus e pelo amor aos seus irmãos”.
A intenção missionária diz assim: “Para que a realização do Dia Missionário Mundial acrescente no Povo de Deus a paixão pela evangelização e o apoio à atividade missionária, com a oração e a ajuda econômica às igrejas mais pobres”.

Francisco de Assis nas palavras do cardeal Hummes

SÃO PAULO, terça-feira, 4 de outubro de 2011 (ZENIT.org) – Celebra-se nesta terça-feira, 4 de outubro, a festa do grande São Francisco de Assis. Jovem pertencente à classe alta, envolvido pelos prazeres da vida, foi tocado pela misericórdia de Deus e deixou-se levar por ela. Colaborou para sua conversão ao serviço da vida o sonho que teve em uma situação de conflito armado onde combatia a favor do Papa e era convidado a seguir de preferência o Patrão do que o servo. Voltando a Assis, dedicou-se ao serviço dos doentes e pobres.
Um dia indo rezar na igrejinha de São Damião, em ruínas, ouviu: “Francisco, repara minha Igreja, que como vês está desabando”. Francisco, tomado de grande fervor, despojou-se de tudo: riquezas, ambições, orgulho e até da roupa que usava. Não apenas abraçou, mas também repropôs ao mundo o ideal evangélico de humildade, pobreza e castidade.
Vestido pobremente, juntamente com seus amigos se apresentou ao Papa Inocêncio III, que profundamente impressionado com o grupo, aprovou a Regra Franciscana. “A regra e a vida dos Frades Menores é observar o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, vivendo em obediência, sem propriedade e em castidade”. O maior desejo de São Francisco era que seus seguidores vivessem o Evangelho. Aqueles que quiserem um dia seguir os passos de São Francisco devem observar o propósito: "o homem não vive somente de pão, mas de toda palavra da boca de Deus".
Francisco viveu intensamente as palavras do Senhor que dizem: "Vem e Segue-me". Atendeu a este apelo radicalmente doando-se aos irmãos e principalmente, lutando junto à cruz de Cristo para atingir a perfeição evangélica. Seu exemplo, admirado e seguido por milhares de pessoas através dos séculos, é o que nos cativa até hoje, e nos convida a viver essa doação ao próximo e ao irmão. Que a palavra do Senhor viva em nosso meio nos seja também fonte de inspiração, vida e esperança para a nossa vida e para os irmãos, como foi em Francisco o grande "Arauto da Paz". O Cardeal Claudio Hummes, Arcebispo emérito de São Paulo e Prefeito emérito da Congregação para o Clero, é um franciscano. Ele participou, semana passada, do encontro "A relação entre a Ordem franciscana e a Igreja", na cidade de Assis. Ele lembrou uma frase da primeira regra não bulada (não definitiva) de São Francisco: "os frades sejam católicos. Eis a declaração de Dom Claudio:
“A frase, lapidar, era exatamente o que era São Francisco. O franciscano deve ser muito em comunhão com o Papa, com a Igreja romana, com a Igreja católica: os frades sejam católicos. Não precisou dizer mais do que isto. No fundo, o que Francisco queria era viver o Evangelho literalmente, sem nenhuma modificação. Ele queria era viver o Evangelho. Por isso também ele foi o santo que reformou a Igreja com amor; ele nunca criticou a Igreja ou quem quer que seja da Igreja; só pediu a Igreja a benção para viver plenamente e ao pé da letra, o Evangelho de Jesus Cristo, a vida de Jesus com seus apóstolos. No encontro de Assis falou-se também da missão, da Nova Evangelização, que hoje é uma das grandes expectativas da Igreja. O Papa espera dos franciscanos que nós também nos empenhemos na missão e na Nova Evangelização. Foi uma das coisas que eu também coloquei na palestra sobre as “Expectativas da Igreja em relação aos franciscanos”.
(Com CNBB)

Diocese de Campo Limpo acolhe os símbolos da Jornada Mundial da Juventude

A Cruz e o Ícone de Nossa senhora símbolos da Jornada Mundial da Juventude – JMJ, foram recebidos no dia 29 de setembro na Diocese de Campo Limpo.
A Cruz foi entregue aos jovens pelo Papa João Paulo II, dando a eles a missão de levá-lo ao mundo, como anunciadores da Boa Nova, Jesus Cristo, demonstrando a sua fé, como seguidores de Cristo.
O Ícone de Nossa Senhora confirma a presença de Maria em nossas vidas, a mãe de Jesus e a nossa mãe.
Os símbolos são apresentados ao mundo pelos jovens, para que os levem como exemplo de suas vidas cristãs.
A Diocese de Campo Limpo recebeu calorosamente os símbolos da JMJ, na Catedral Sagrada Família, com a celebração de missa solene, presidida pelo Bispo Diocesano Dom Luiz Antônio Guedes, padres e por aproximadamente 3.500 pessoas.
Aproximadamente 5.000 pessoas participaram das missas realizadas nas Paróquias Santa Cruz, Catedral Sagrada Família e no Santuário Santa Terezinha, que acolheram  a Cruz e o Ícone de Nossa Senhora.
Por volta das 15:00 horas, os símbolos da JMJ foram entregues ao Padre Marcelo, responsável pela Diocese de Osasco.
Que os símbolos da JMJ estejam sempre presentes em nossos corações e em nossas vidas, servindo de exemplo, e que nos preparemos para a JMJ que acontecerá no Rio de Janeiro em 2013, cujo lema é “Ide e fazei discípulos todos os povos”.

Pe José Wilson de Souza
Assessor Diocesano da Pastoral da Juventude.

PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE

1 - O que é a Jornada Mundial da Juventude (JMJ)?
A Jornada Mundial da Juventude é a semana de eventos da Igreja Católica para os jovens e com os jovens. Ela reúne milhares de jovens do mundo todo para celebrar e aprender sobre a fé católica e para construir pontes de amizade e esperança entre continentes, povos e culturas.
Inspirado por grandes encontros de jovens do mundo em eventos especiais ocorridos no Domingo de Ramos em Roma em 1983 e 1984, o Papa João Paulo II estabeleceu a Jornada Mundial da Juventude como um evento anual e um meio para alcançar a nova geração de católicos e propagar os ensinamentos da Igreja.
2 - Quando elas ocorrem?
São celebradas anualmente. Em intervalos de 2 ou 3 anos, uma cidade é escolhida para celebrar a grande Jornada, na qual participam centenas de milhares de pessoas do mundo inteiro. Nos anos intermediários, as JMJs são vividas localmente, no Domingo de Ramos, por algumas dioceses ao redor do mundo. Para cada Jornada, o Santo Padre sugere um tema.
3 - O que acontece nas JMJs?
Durante as JMJs acontecem eventos como catequeses, adorações, missas, momentos de oração, palestras, partilhas e shows. Tudo isso em diversas línguas. Mas todas as atividades com o mesmo objetivo: a busca de Deus.
Em sua última edição, na Alemanha, reuniu cerca de 1 milhão de jovens. Apesar de ser proposta pela Igreja Católica, é um convite a todos os jovens do mundo.
Para João Paulo II, a esperança de um mundo melhor está numa juventude sadia, com valores, responsável e, acima de tudo, voltada para Deus e para o próximo.

A CRUZ E O ÍCONE DAS JORNADAS

História da Cruz da JMJ
A Cruz da JMJ ficou conhecida por diversos nomes: Cruz do Ano Santo, Cruz do Jubileu, Cruz da JMJ, Cruz Peregrina, muitos a chamam de Cruz dos Jovens porque ela foi entregue pelo papa João Paulo II aos jovens para que a levassem por todo o mundo, a todos os lugares e a todo tempo.
A cruz de madeira de 3,8 metros foi construída e colocada como símbolo da fé católica, perto do altar principal na Basílica de São Pedro durante o Ano Santo da Redenção (Semana Santa de 1983 à Semana Santa de 1984). No final daquele ano, depois de fechar a Porta Santa, o Papa João Paulo II deu essa cruz como um símbolo do amor de Cristo pela humanidade. Quem a recebeu, em nome de toda a juventude foram os jovens do Centro Juvenil Internacional São Lourenço em Roma. Estas foram as palavras do Papa naquela ocasião:
"Meus queridos jovens, na conclusão do Ano Santo, eu confio a vocês o sinal deste Ano Jubilar: a Cruz de Cristo! Carreguem-na pelo mundo como um símbolo do amor de Cristo pela humanidade, e anunciem a todos que somente na morte e ressurreição de Cristo podemos encontrar a salvação e a redenção". (Sua Santidade João Paulo II, Roma, 22 de abril de 2004).
Os jovens acolheram o desejo do Santo Padre. Levaram a cruz ao Centro São Lourenço, que se converteria em sua morada habitual durante os períodos em que ela não estivesse peregrinando pelo mundo.
Desde 1984, a Cruz da JMJ peregrinou pelo mundo, através da Europa, além da Cortina de Ferro, e para locais das Américas, Ásia, África e agora na Austrália, estando presente em cada celebração internacional da Jornada Mundial da Juventude. Em 1994 a Cruz começou um compromisso que, desde então, se tornou uma tradição: sua jornada anual pelas dioceses do pais sede de cada JMJ internacional, como um meio de preparação espiritual para o grande evento.
O Ícone de Nossa Senhora
Em 2003, o Papa João Paulo II deu aos jovens um segundo símbolo de fé para ser levado pelo mundo, acompanhando a Cruz da JMJ: o Ícone de Nossa Senhora, "Salus Populi Romani", uma cópia contemporânea de um antigo e sagrado ícone encontrado na primeira e maior basílica para Maria a Mãe de Deus, no ocidente, Santa Maria Maior.
"Hoje eu confio a vocês… o Ícone de Maria. De agora em diante ele vai acompanhar as Jornadas Mundiais da Juventude, junto com a Cruz. Contemplem a sua Mãe! Ele será um sinal da presença materna de Maria próxima aos jovens que são chamados, como o Apóstolo João, a acolhe-la em suas vidas" (Roma, 18ª Jornada Mundial da Juventude, 2003)
Papa Bento XVI continua o legado
O Papa Bento XVI, continuando o legado de seu predecessor, falou na cerimônia de entrega da Cruz e do Ícone da JMJ de um grupo de jovens alemães para uma delegação de jovens australianos no Domingo de Ramos de 2006. Então enfatizou porque o Ícone de Maria pertence à peregrinação da Cruz da JMJ.
"Nossa Senhora esteve presente no cenáculo com os Apóstolos quando eles estavam esperando por Pentecostes. Que ela seja vossa mãe e guia. Que ela vos ensine a receber a palavra de Deus, a valoriza-la e medita-la em seu coração (cf. Lc 2,19) como ela fez com sua vida. Que ela possa encorajar-vos a dizer o vosso "sim" ao Senhor ao viver "a obediência da fé". Que ela possa ajudar-vos a permanecer fortes na fé, constantes na esperança, perseverantes na caridade, sempre atentos à palavra de Deus".
Ao observarmos Maria no Ícone carregando seu Filho, ela nos ensina como levá-lo para o mundo.
Milhões de jovens nos últimos 20 anos participaram das Jornadas Mundiais da Juventude. Centenas de milhares mais participaram da graça do evento pelo seu encontro com a Cruz e o Ícone da JMJ. Esses símbolos são apresentados ao mundo de forma mais contundente pelos jovens que os levam não por alguns momentos ou horas, mas pelo exemplo de suas vidas cristãs diariamente.

A HISTÓRIA DAS JORNADAS

A Jornada Mundial da Juventude foi celebrada pela primeira vez, de maneira oficial, no Domingo de Ramos de 1986, em Roma. A partir de 1987 e depois, a cada dois anos, como regra geral, organiza-se a Jornada Mundial da Juventude em algum lugar determinado do mundo.
Em 1987, os jovens foram convocados a Buenos Aires, onde 1 milhão de participantes escutaram as seguintes palavras do Papa: "Repito ante vós o que venho dizendo desde o primeiro dia do meu pontificado: que vós sois a esperança do Papa, a esperança da Igreja." (…) Dois anos depois, 600 mil jovens foram em peregrinação à cidade espanhola de Santiago de Compostela. Em 1991, 1 500 000 participantes participaram da Jornada no santuário mariano da cidade polonesa de Czestochowa. Depois da queda do Muro de Berlim, essa foi a primeira ocasião em que os jovens do Leste Europeu puderam participar sem problemas do evento.
Meio milhão de jovens encontraram o Papa João Paulo II em 1993, na cidade americana de Denver. Diante do impressionante cenário das Montanhas Rochosas.
O maior encontro de todos os tempos teve lugar em 1995, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude em Manila nas Filipinas, 4 milhões de jovens aplaudiram o Papa que evocava a relação com o próximo.
Em 1997, foram muitos jovens que responderam ao convite do Papa para a Jornada em Paris, que terminou com um evento reunindo quase um milhão de pessoas. O Jubileu do ano 2000 converteu-se também no jubileu das Jornadas Mundiais da Juventude. Cerca de 2,5 milhões de jovens (segundo a imprensa local) reuniram-se em Roma para um novo mega-encontro com o Papa.
A cidade canadense de Toronto foi o palco do encontro de 2002 onde 800 mil pessoas encontraram-se para a última Jornada com o peregrino João Paulo II. O Papa lembrou a todos que o espírito jovem é algo que não pode ser sufocado: "Vós sois jovens e o Papa é idoso, e ter 82 ou 83 anos não é a mesma coisa que ter 22 ou 23. Todavia, ele continua a identificar-se plenamente com as vossas esperanças e as vossas aspirações. Juventude de espírito, juventude de espírito! Embora eu tenha vivido no meio de muitas trevas, sob duros regimes totalitários, tive suficientes motivos para me convencer de maneira inabalável de que nenhuma dificuldade e nenhum temor é tão grande a ponto de poder sufocar completamente a esperança que jorra sem cessar no coração dos jovens."
A Jornada entre os dias 16 e 21 de Agosto de 2005 em Colónia na Alemanha (XX Jornada Mundial da Juventude, XX Weltjugendtag Köln 2005 em alemão), foi a primeira após a morte do Papa João Paulo II. O evento foi presidido pelo Papa Bento XVI na que foi a primeira viagem internacional do seu pontificado, e em que mais de um milhão de jovens se ajoelharam junto com o Papa na vigília de 20 de agosto. Nem a variedade de linguâs, culturas, distanciaram os jovens um dos outros.
Em 15 de julho de 2008, em Sydney na Austrália, iniciou-se a XXIII Jornada Mundial da Juventude sob o tema: "Ides receber uma força, a do Espírito Santo, que descerá sobre vós e sereis minhas testemunhas" (At 1, 8). Em 20 de julho, na missa de encerramento, o Papa convocou os jovens do mundo todo para a XXVI Jornada Mundial da Juventude de 2011 em Madri na Espanha. No ultimo dia da Jornada Mundial da Juventude em Madri o papa Bento XVI anunciou a cidade brasileira do Rio de Janeiro como proxima sede do mega evento católico em 2013.

JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE

A História das Jornadas
A Jornada Mundial da Juventude foi celebrada pela primeira vez, de maneira oficial, no Domingo de Ramos de 1986, em Roma. A partir de 1987 e depois, a cada dois anos, como regra geral, organiza-se a Jornada Mundial da Juventude em algum lugar determinado do mundo.
Em 1987, os jovens foram convocados a Buenos Aires, onde 1 milhão de participantes escutaram as seguintes palavras do Papa: "Repito ante vós o que venho dizendo desde o primeiro dia do meu pontificado: que vós sois a esperança do Papa, a esperança da Igreja." (…) Dois anos depois, 600 mil jovens foram em peregrinação à cidade espanhola de Santiago de Compostela. Em 1991, 1 500 000 participantes participaram da Jornada no santuário mariano da cidade polonesa de Czestochowa. Depois da queda do Muro de Berlim, essa foi a primeira ocasião em que os jovens do Leste Europeu puderam participar sem problemas do evento.
Meio milhão de jovens encontraram o Papa João Paulo II em 1993, na cidade americana de Denver. Diante do impressionante cenário das Montanhas Rochosas.
O maior encontro de todos os tempos teve lugar em 1995, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude em Manila nas Filipinas, 4 milhões de jovens aplaudiram o Papa que evocava a relação com o próximo.
Em 1997, foram muitos jovens que responderam ao convite do Papa para a Jornada em Paris, que terminou com um evento reunindo quase um milhão de pessoas. O Jubileu do ano 2000 converteu-se também no jubileu das Jornadas Mundiais da Juventude. Cerca de 2,5 milhões de jovens (segundo a imprensa local) reuniram-se em Roma para um novo mega-encontro com o Papa.
A cidade canadense de Toronto foi o palco do encontro de 2002 onde 800 mil pessoas encontraram-se para a última Jornada com o peregrino João Paulo II. O Papa lembrou a todos que o espírito jovem é algo que não pode ser sufocado: "Vós sois jovens e o Papa é idoso, e ter 82 ou 83 anos não é a mesma coisa que ter 22 ou 23. Todavia, ele continua a identificar-se plenamente com as vossas esperanças e as vossas aspirações. Juventude de espírito, juventude de espírito! Embora eu tenha vivido no meio de muitas trevas, sob duros regimes totalitários, tive suficientes motivos para me convencer de maneira inabalável de que nenhuma dificuldade e nenhum temor é tão grande a ponto de poder sufocar completamente a esperança que jorra sem cessar no coração dos jovens."
A Jornada entre os dias 16 e 21 de Agosto de 2005 em Colónia na Alemanha (XX Jornada Mundial da Juventude, XX Weltjugendtag Köln 2005 em alemão), foi a primeira após a morte do Papa João Paulo II. O evento foi presidido pelo Papa Bento XVI na que foi a primeira viagem internacional do seu pontificado, e em que mais de um milhão de jovens se ajoelharam junto com o Papa na vigília de 20 de agosto. Nem a variedade de linguâs, culturas, distanciaram os jovens um dos outros.
Em 15 de julho de 2008, em Sydney na Austrália, iniciou-se a XXIII Jornada Mundial da Juventude sob o tema: "Ides receber uma força, a do Espírito Santo, que descerá sobre vós e sereis minhas testemunhas" (At 1, 8). Em 20 de julho, na missa de encerramento, o Papa convocou os jovens do mundo todo para a XXVI Jornada Mundial da Juventude de 2011 em Madri na Espanha. No ultimo dia da Jornada Mundial da Juventude em Madri o papa Bento XVI anunciou a cidade brasileira do Rio de Janeiro como proxima sede do mega evento católico em 2013.

sábado, 10 de setembro de 2011

Santidade, conversão, correção

Por Dom Orani João Tempesta

RIO DE JANEIRO, quarta-feira, 7 de setembro de 2011 (ZENIT.org) – Neste final de semana, a Palavra de Deus ilumina nossas vidas e, principalmente, responde a tantos questionamentos sobre a nossa vida como Igreja. Ela é santa e pecadora! Santa, enquanto instituída por Cristo e tem todos os meios para a Salvação de todos. Pecadora, em seus membros, que caminham ainda na penumbra e não se converteram.
O conceito da Igreja "santa, mas composta por membros pecadores" também significa que a comunidade eclesial inteira tende à perfeição e constantemente aspira à santidade: ser santos, isto é, perfeitos como o vosso Pai do céu, é o objetivo fundamental de cada cristão, e para este fim existem os meios da graça, e, em especial, os Sacramentos.
Acabamos de celebrar o mês vocacional, que, recordando-nos da oração pelas diversas vocações, nos indica, no entanto, que a nossa vocação comum é a santidade. E é justamente essa direção que buscamos. A Palavra de Deus, que celebramos neste mês da Bíblia, é luz para o nosso caminho de conversão.
A Igreja é, portanto, uma comunidade de pessoas no vínculo da comunhão com Cristo, Cabeça, e uns com os outros. Todos devem tender à conversão e à comunhão com Deus. Todos os batizados são chamados ao arrependimento e à renúncia ao pecado, justamente por causa da vocação comum de todos os batizados à santidade.
Todos esses objetivos são atingidos por meio da oração, dos recursos espirituais que temos e dispomos, pelo dom da graça que está presente nos Sacramentos, especialmente no Sacramento da Penitência e da Eucaristia, mas também pela capacidade de estabelecer comunhão e solidariedade entre nós. Os santos não se tornam, assim, sozinhos, mas dentro da estrutura da comunhão da comunidade eclesial.
A Liturgia da Palavra nos mostra neste domingo um aspecto essencial da vida cristã, que é de grande ajuda para alcançar a santidade comum — isso nós chamamos correção fraterna. Como o livro do Apocalipse: "Aqueles a quem eu amo, eu repreendo e castigo" (Ap 3, 19). Anota, ainda, mais explicitamente e de modo convincente, a Carta aos Hebreus: “estais sendo provados para vossa correção. É Deus que vos trata como filhos, pois qual é o filho que o pai não corrige? Com efeito, nenhuma correção parece de momento agradável, mas dolorosa. Mais tarde, porém, dará frutos de paz e de justiça aos que nela foram exercitados. Levantai, pois, as mãos fatigadas e os joelhos trêmulos. Dirigi vossos passos pelo caminho reto, a fim de que o membro deficiente seja curado.”. (cfr. Hb 12, 7, 10-12.).
O que rejeita a correção fraterna não reconhece o amor de Deus. Porém, correção fraterna não deve ser confundida com o pretexto de um domínio, não se está exercendo um estrangulamento apertado sobre o seu irmão, como se nós mesmos não fôssemos capazes de errar.
A correção deve ser exercida com sensibilidade e com verdadeiro espírito de diálogo e de fraternidade. Se um irmão é errado, porque o seu comportamento gera a preocupação de todos, é necessário que ele melhore o seu proceder, e a intervenção da Igreja, quando necessário, pode ser decisiva. Mas o autor sagrado também, sabiamente, prevê que o irmão pode não mudar a vida e persistir no erro: tudo depende de sua liberdade e da consciência que a anima.
Quando, no entanto, apesar da correção, não a aceita e persiste no erro, fica claro que fez a sua escolha de continuar no pecado. Devemos, então, considerá-lo alguém que ainda tem que ser iniciado na fé: um pagão.
Se um irmão está errado, se ele incide no erro, mas em nome de uma falsa amizade ou do medo, se você o deixar continuar nessa lacuna, acabaremos sendo corresponsáveis pelo delito dele porque não o ajudamos com a correção fraterna.
Neste Evangelho, Jesus nos convida a aprender a ter um diálogo construtivo entre nós, através da transparência. Isso se faz, especialmente, manifestando ao outro o mal que fez e indicando um caminho de cura.
Qual é a chave para começar? O amor, a capacidade de perdoar, o que impede que o outro se coloque na defensiva e que me torna consciente de que eu, primeiramente, é que tenho necessidade de ser perdoado por Deus e pelos irmãos. Isso nos recorda a segunda leitura deste domingo.
Nesta semana, peçamos a Deus para aprendermos a não ser omissos, e sim responsáveis pela vida de nossos irmãos e tudo fazer por amor, procurando sempre o caminho da santidade.
Nestes dias estamos tendo a oportunidade de celebrar a presença mariana com a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré: que a estrela da evangelização interceda por nós para vivermos com alegria nossa vocação comum, que é a santidade, sempre escutando o seu Filho, fazendo tudo o Ele nos diz.
Dom Orani João Tempesta é arcebispo do Rio de Janeiro
03/09/2011

Catequese do Papa: Deus sempre está perto

CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 7 de setembro de 2011 (ZENIT.org) – Apresentamos, a seguir, a catequese que o Papa Bento XVI dirigiu hoje aos fiéis reunidos para a audiência geral na Praça de São Pedro. A catequese de hoje continua o ciclo sobre a oração.
* * *

Queridos irmãos e irmãs:
Retomamos hoje as audiências na Praça de São Pedro e a “escola de oração” que estamos vivendo juntos nestas catequeses das quartas-feiras. Eu gostaria de começar meditando sobre alguns salmos que, como comentei no mês de junho, formam o “livro de oração” por excelência. O primeiro salmo no qual eu gostaria de me deter é um salmo de lamentação e de súplica, imbuído de uma profunda confiança, no qual a certeza da presença de Deus é o fundamento da oração que se produz em uma condição de extrema dificuldade do orante. Trata-se do salmo 3, que a tradição judaica atribui a Davi no momento em que ele foge de Absalão (cf. vers. 1). É um dos episódios mais dramáticos e sofrentes da vida do rei, quando seu próprio filho usurpa o trono real e o obriga a abandonar Jerusalém para salvar a vida (cf. 2 Sam, 15 ss). A situação de angústia e de perigo experimentada por Davi é o pano de fundo desta oração e uma ajuda para a sua compreensão, apresentando-se como a situação típica em que um salmo é recitado. No grito do salmista, todo homem pode reconhecer estes sentimentos de dor, de amargura, e ao mesmo tempo de confiança em Deus, que, segundo a narração bíblica, acompanhou Davi em sua fuga da cidade. O salmo começa com uma invocação ao Senhor.
“Ó, Senhor, como são numerosos meus adversários! São muitos os que se erguem contra mim; muitos dizem a meu respeito: 'Deus não vai lhe dar a salvação!'” (v. 2-3).
A descrição que o salmista faz da sua situação está marcada, portanto, por tons fortemente dramáticos. Ele afirma três vezes a ideia da multidão - “numerosos”, “muitos”, “muitos” – que, no texto original, se realiza com a mesma raiz hebraica, para destacar mais ainda a enormidade do perigo, de forma repetitiva, quase maçante. Esta insistência no número e grandeza dos inimigos serve para expressar a percepção, por parte do salmista, da desproporção total existente entre ele e seus perseguidores, uma desproporção que justifica a urgência da sua petição de ajuda: os opressores são muitos, têm o controle da situação, enquanto o orante está sozinho e indefeso, à mercê dos seus agressores. E a primeira palavra que o salmista pronuncia é “Senhor”; seu grito começa com uma invocação a Deus. Uma multidão surge e se levanta contra ele, provocando-lhe um medo que aumenta a ameaça, fazendo-a parecer ainda maior e terrível; mas o salmista não se deixa vencer por esta visão de morte, mas mantém firme sua relação com o Deus da vida e é a Ele a quem se dirige, em primeiro lugar, buscando sua ajuda. No entanto, os inimigos tentam também destruir este vínculo com Deus e destruir a fé da sua vítima. Estes insinuam que o Senhor não pode intervir, afirmam que nem Deus pode salvá-lo. A agressão, portanto, não é somente física, mas afeta também a dimensão espiritual: “Deus não vai lhe dar a salvação” – dizem –, agredindo o núcleo central da alma do salmista. É a última tentação que o crente sofre, a tentação de perder a fé, a confiança na proximidade de Deus. O justo supera a última prova, permanece firme na fé, na certeza da verdade e na confiança plena em Deus. Assim encontra a vida e a verdade.
Parece que o salmo nos afeta pessoalmente: são muitos os problemas em que sentimos a tentação de que Deus não me salva, não me conhece, talvez não tenha a possibilidade; a tentação contra a fé é a última agressão do inimigo e devemos resistir a ela porque assim nos encontramos com Deus e encontramos a vida.
O salmista do nosso salmo está chamado, portanto, a responder com fé aos ataques dos ímpios: os inimigos, como comentei, negam que Deus possa ajudá-lo, mas ele, no entanto, o invoca, o chama pelo seu nome – “Senhor” – e depois se dirige a Ele com um “tu” enfático, que expressa uma relação firme, sólida e recolhe em si a certeza da resposta divina: “Mas tu, ó Senhor, és minha defesa, és a minha glória, tu que ergues a minha cabeça. Quando com minha voz eu invoquei o Senhor, ele me respondeu do seu santo monte” (v. 4-5). A visão dos inimigos desaparece agora, não venceram porque quem crê em Deus está certo de que Deus é seu amigo: resta somente o “Tu” de Deus; aos “muitos” se contrapõe somente um, mas que é muito maior e potente que muitos adversários. O Senhor é ajuda, defesa, salvação; como escudo, protege quem confia n'Ele, fazendo-o levantar a cabeça com gesto de triunfo e de vitória. O homem já não está só, os inimigos já não são tão imbatíveis como pareciam, porque o Senhor escuta o grito do oprimido e responde do lugar da sua presença, do seu monte santo. O homem grita na angústia, no perigo, na dor; o homem pede ajuda e Deus responde. Este entrelaçar-se do grito humano e da resposta divina é a dialética da oração e a chave de leitura de toda a história da salvação. O grito expressa a necessidade de ajuda e interpela à fidelidade do Deus que escuta. A oração expressa a certeza de uma presença divina que já se experimentou e na qual se acreditou, e se manifesta plenamente na resposta salvífica de Deus. Isso é importante: que, na nossa oração, esteja presente a certeza da presença de Deus. Assim, o salmista que se sente assediado pela morte, confessa sua fé no Deus da vida que, como escudo, o cerca com uma proteção invulnerável; quem pensava estar perdido pode levantar a cabeça porque o Senhor o salva; o orante, ameaçado e humilhado, está na glória porque Deus é a sua glória. A resposta divina que acolhe a oração dá ao salmista uma segurança total; termina também o medo e o grito se aquieta na paz, na profunda tranquilidade interior: “Eis que me deito e durmo, e me acordo, pois o Senhor me sustenta. Não tenho medo da multidão de gente que se lança contra mim de todo lado” (v. 6-7).
O orante, inclusive no meio do perigo e da batalha, pode dormir tranquilo, em uma atitude inequívoca de abandono confiante. Ao seu redor, os adversários acampam, assediam-no, são muitos, erguem-se contra ele, zombam dele e procuram derrubá-lo, mas ele, no entanto, se deita e dorme tranquilo e sereno, certo da presença de Deus. E, ao despertar, encontra Deus ao seu lado, como guardião que não dorme (cf. Sal 121,3-4), que o segura pela mão, que não o abandona jamais. O medo da morte é vencido pela presença d'Aquele que não morre. É justamente a noite, povoada de medos ancestrais, a noite dolorosa da solidão e da espera angustiante, que se transforma: o que evoca a morte se converte em presença do Eterno.
À visão do assalto inimigo, enorme, imponente, contrapõe-se a invisível presença de Deus, com toda a sua invencível potência. E é a Ele a quem, novamente, o salmista, depois das suas frases de confiança, dirige sua oração: “Levanta-te, Senhor, salva-me, ó Deus!” (v. 8a). Os agressores “se levantavam” contra a sua vítima, mas quem, no entanto, “se levantará” é o Senhor, e o fará para destruí-los. Deus o salvará respondendo ao seu grito. Por isso, o salmo termina com a visão da libertação do perigo que mata e da tentação que pode fazer-nos perecer. Depois da petição dirigida ao Senhor para que se levante e nos salve, o orante descreve a vitória divina: os inimigos, que, com sua injusta e cruel opressão, são símbolo de tudo o que se opõe a Deus e ao seu plano de salvação, são derrotados. Atingidos na boca, não poderão agredir mais com a sua violência destrutiva e não poderão insinuar o mal da dúvida sobre a presença e a ação de Deus: seu falar insensato e blasfemo é desmentido finalmente e reduzido ao silêncio pela intervenção salvífica de Deus (cf. v. 8bc). Assim, o salmista pode concluir sua oração com uma frase com as conotações litúrgicas que celebra, na gratidão e no louvor, o Deus da vida: “Do Senhor é a salvação. Sobre o seu povo desça a sua bênção!” (v.9).
Queridos irmãos e irmãs, o salmo 3 nos apresenta uma súplica repleta de confiança e consolo. Rezando este salmo, podemos fazer nossos os sentimentos do salmista, figura do justo perseguido que, em Jesus, encontra seu cumprimento. Na dor, no perigo, na amargura da incompreensão e da ofensa, as palavras do salmo abrem o nosso coração à certeza consoladora da fé. Deus sempre está perto – escuta, responde e salva do seu jeito. Mas é necessário saber reconhecer sua presença e aceitar seus caminhos, como Davi fugindo humilhado do seu filho Absalão, como o justo perseguido do Livro da Sabedoria, como o Senhor Jesus no Gólgota. E quando, aos olhos dos ímpios, Deus parece não intervir e o Filho morre, então é quando se manifesta a todos os crentes a verdadeira glória e o cumprimento definitivo da salvação. Que o Senhor nos dê fé, nos ajude na nossa fraqueza e nos torne capazes de crer e de rezar em toda angústia, nas noites dolorosas da dúvida e nos longos dias de dor, abandonando-nos com confiança n'Ele, que é o nosso “escudo” e a nossa “glória”.
Obrigado.
[No final da audiência, Bento XVI saudou os peregrinos em vários idiomas. Em português, disse:]
Queridos irmãos e irmãs,
Na “escola da oração” que temos vivido, juntos, nestas catequeses de quarta-feira, desejo hoje dar início à meditação sobre alguns dos cento e cinquenta salmos bíblicos, que formam o livro de oração por excelência. Começamos pelo Salmo três, uma súplica cheia de confiança e consolação. No perigo, no sofrimento, na amargura, as palavras deste salmo abrem o coração à certeza reconfortante da fé. Quem pensava que já estava perdido, pode levantar a cabeça, porque o Senhor o salva. A resposta divina, que acolhe a oração, dá ao salmista uma segurança total. O medo da morte é vencido pela presença d’Aquele que não morre. Deus está sempre perto, mesmo nos períodos escuros da vida. Mas é preciso saber reconhecer a sua presença e aceitar os seus caminhos, como fez Jesus no Gólgota. E mesmo quando parece, aos olhos dos ímpios, que Deus não interveio porque deixou o Filho morrer na Cruz, então é que se manifesta, para todos os crentes, a verdadeira glória e a realização definitiva da salvação.
Amados peregrinos de língua portuguesa, a minha saudação amiga para todos, em particular para os fiéis de várias paróquias das cidades de Santo Amaro, São João del Rei e São Paulo, desejando que este Salmo três lhes sirva de portal na sua peregrinação a Roma: da infinidade de coisas – tantas vezes duras – da vida, aprendam a elevar o coração até o Pai do Céu, repousando no seio da sua infinita bondade, e verão que as dores e aflições da vida lhes farão menos mal. Sobre todos, e extensiva aos familiares e comunidades eclesiais, desça a minha bênção apostólica.
[Tradução: Aline Banchieri.
©Libreria Editrice Vaticana]

domingo, 28 de agosto de 2011


SÃO PAULO - O Arcebispo Metropolitano de Campinas, a 94 km de São Paulo, Dom Bruno Gamberini, morreu às 15h deste domingo, aos 61 anos, no Hospital Bandeirantes em São Paulo, em decorrência de falência de múltiplos órgãos. O religioso sofria de problemas renais e foi internado na terça-feira no Hospital Celso Pierro, da PUC-Campinas, após uma hemorragia digestiva alta. Durante a semana ele teve uma crise convulsiva. Na sexta-feira, Dom Bruno foi transferido para o hospital na capital paulista para ter acompanhamento de médicos especialistas em doenças do rim. As informações são do site da EPTV.
Ainda não há informações sobre o horário da cerimônia de sepultamento do arcebispo, que será realizada na Catedral Metropolitana de Campinas.
Filho de Armando Gamberini (falecido em 1987) e Tirsi Castellani Gamberini, arcebispo nasceu no dia 16 de julho de 1950, em Matão (SP). Dom Bruno foi ordenado bispo, em São Carlos, no mesmo dia, em 1995. No dia 2 de junho de 2004, o papa João Paulo II nomeou Dom Bruno Gamberini como 6º Bispo e 4º Arcebispo de Arquidiocese de Campinas. Dom Bruno tomou posse no dia 1º de agosto de 2004. Ele ficou conhecido pela dedicação à Igreja, pela sua forma entusiástica de contar histórias e incentivo aos meios de comunicação social (leia mais sobre a trajetória de Dom Bruno abaixo).
O arcebispo metropolitano de Campinas, Dom Bruno Gamberini, foi internado pela terceira vez em dois meses na noite de terça-feira após uma hemorragia digestiva alta. Ele foi encaminhado à Unidade Coronária do Hospital e Maternidade Celso Pierro da PUC Campinas.
No dia 17 de agosto, Dom Bruno Gamberini teve um desequilíbrio emocional e os médicos o internaram para evitar complicações. Em julho, Dom Bruno precisou ficar hospitalizado após uma crise de diabetes, que provocou um mau funcionamento do fígado, o que levou à falta de lucidez em alguns instantes.
Filho de Armando Gamberini (falecido em 1987) e Tirsi Castellani Gamberini, terceiro filho entre um irmão e três irmãs, Dom Bruno Gamberini foi batizado, crismado e recebeu a Primeira Eucaristia na Matriz do Senhor Bom Jesus de Matão. Completou o curso primário no Grupo Escolar Estadual José Inocêncio da Costa e na Escola Estadual Professor Henrique Morato, também em Matão. Cursou o segundo grau e a Filosofia no Seminário Diocesano de São Carlos (1968-1970) e Teologia no Studium Theologicum, filiado à Universidade Lateranense de Roma, em Curitiba, entre os anos de 1971 e 1974. Cursou, ainda, Canto Coral e regência, na Pró-Música de Curitiba.
Foi ordenado diácono na Catedral de São Carlos no dia 2 de dezembro de 1973 e presbítero na Matriz do Senhor Bom Jesus de Matão, no dia 11 de dezembro de 1974, por Dom Constantino Amstalden, bispo da Diocese de São Carlos. Como padre foi coordenador de estudos e professor de Filosofia (1975-1977), e reitor da Filosofia em (1991-1995); coordenador diocesano da pastoral da diocese de São Carlos (1978-1979); pároco de Ribeirão Bonito, entre (1979-1981); primeiro juiz auditor da Câmara do Tribunal Eclesiástico de São Carlos (1980-1984) e depois notário do Tribunal até 1995; reitor do Seminário de Teologia de São Carlos em Campinas (1982-1986).
Foi pároco de Itajobi e Marapoama (1987-1989), vigário cooperador da Catedral de São Carlos (1983-1995), ajudando nas igrejas de São Benedito e São Judas Tadeu. Foi nomeado cônego honorário do cabido da Catedral de São Carlos, em 19 de março de 1983.
O papa João Paulo II nomeou Dom Bruno o 4º Bispo Diocesano de Bragança Paulista em 17 de maio de 1995. Foi ordenado Bispo no dia 16 de julho de 1995, na Catedral de São Carlos Borromeu, em São Carlos, sendo sagrante Dom Constantino Amstalden e Bispos Consagrantes, Dom Antônio Pedro Misiara, 3º Bispo de Bragança, e Dom José Antônio Aparecido Tosi Marques, Bispo Auxiliar de Salvador da Bahia. Tomou posse da Diocese em 20 de agosto de 1995. Seu lema episcopal é Nomen Domini Benedictum - Bendito o nome do Senhor.
Como Bispo era assessor da Pastoral da Criança no Regional Sul 1 desde 1996, representante do Sub-Regional Campinas na representativa do Sul 1, membro do Conselho Pastoral do Sul 1 (1999).
No dia 2 de junho de 2004, o papa João Paulo II nomeou Dom Bruno Gamberini como 6º Bispo e 4º Arcebispo de Arquidiocese de Campinas. Dom Bruno tomou posse no dia 1º de agosto de 2004.


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