sábado, 30 de julho de 2011

Anunciada descoberta da tumba de São Felipe

Em Pamukkale, antiga Hierápolis (Turquia),
onde o apóstolo faleceu

CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 28 de julho de 2011 (ZENIT.org) – Os arqueólogos asseguram que se trata da tumba do apóstolo Felipe, um dos 12 discípulos que acompanharam Jesus.
A descoberta aconteceu em Pamukkale, antiga Hierápolis, em Anatólia Ocidental (Turquia), cidade em que Felipe morreu, depois de ter pregado na Grécia e na Ásia Menor.
A descoberta foi realizada pela missão arqueológica italiana empreendida desde 1957, composta hoje por uma equipe internacional, dirigida desde o ano 2000 por Francesco D’Andria, professor da Universidade de Salento.
Um resultado importante na busca da tumba de São Felipe – recorda L'Osservatore Romano –, já tinha sido alcançado em 2008, quando a equipe encontrou a rua que os peregrinos percorriam para chegar ao sepulcro do apóstolo. Agora se chegou a esta nova meta.
“Junto ao Martyrion (edifício de culto octogonal, construído no lugar onde Felipe foi martirizado), encontramos uma basílica do século V de três naves”, explica o diretor da missão.
“Esta igreja foi construída ao redor de um túmulo romano do século I, que evidentemente gozava da máxima consideração, já que mais tarde se decidiu edificar ao seu redor uma basílica. Trata-se de uma tumba em forma de nicho, com uma câmara funerária.”
Colocando em relação esses e muitos outros elementos, “chegamos à certeza de ter encontrado a tumba do apóstolo Felipe, que era meta de peregrinação a este lugar”, afirma D'Andria.
No século IV, Eusebio de Cesareia escreveu que duas estrelas brilhavam na Ásia: João, sepultado em Éfeso, e Felipe, “que descansa em Hierápolis”.
A questão ligada à morte do apóstolo suscita controvérsia. Segundo uma antiga tradição, de fato, ele não teria morrido martirizado. Já os evangelho apócrifos contam que ele teria sofrido martírio sob os romanos.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

** SOBRE O ALTAR ACONTECE A SALVAÇÃO **

Padre Paulo Ricardo

O Papa Bento XVI, desde o tempo de cardeal, fala de uma reforma litúrgica. No Concílio Vaticano II, ele pediu uma certa reforma do missal, pois a forma pela qual celebramos a Santa Missa precisava ser adaptada para que o povo pudesse compreendê-la melhor.

Na celebração da Santa Missa, Deus é o centro de tudo. Assim, antes do Concílio, todas as pessoas olhavam para a mesma direção, inclusive o padre, de frente para Deus. O sacerdote, quando se sentava, ficava de lado no altar. O atual Papa começou a refletir, então, que o jeito de celebrar a Missa, hoje em dia, está colocando o padre no centro, em vez de colocar Deus. É por isso que, muitas vezes, alguns sacerdotes fazem Missas que são mais show do que adoração.

Na celebração da Eucaristia, Deus deve estar no centro. Para mostrar a necessidade de repensar sobre isso, Bento XVI, quando ainda era cardeal, começou um movimento litúrgico a fim de tentar colocar o Senhor no centro novamente. Ele sugeriu um passo pedagógico: colocar, no centro do altar, o crucifixo para que todos saibam que o padre está falando com Deus ao celebrar a Missa.

Meus irmãos, nós precisamos voltar a 'rezar Missa', pois, olhando para o Crucificado, estamos olhando para a imagem do Pai. Esta é a primeira pérola do Papa Bento XVI: a cruz no centro do altar.

Todos os movimentos profundos que aconteceram na Igreja precisaram tocar o povo, porque este precisa aprender que, no centro do altar, está Jesus Cristo. Precisamos de Missa que seja salvação, por meio da qual nos colocamos em profunda comunhão com o Senhor.

A segunda pérola do atual Sumo Pontífice é que, a partir do Corpus Christi de 2008, ele começou a dar comunhão aos fiéis na boca, pedindo a estes que se ajoelhassem.


"Na celebração da Eucaristia, Deus deve estar no centro."

Se lermos os documentos litúrgicos, descobriremos que a forma normal de receber a comunhão é na boca. O fiel fica de frente para o sacerdote, de mãos postas. O padre eleva a hóstia, o fiel diz 'amém' e abre a boca, colocando a língua levemente para fora e o padre deposita a sagrada comunhão na sua língua.

Ao longo dos séculos, a Igreja foi percebendo que, com a comunhão na mão, havia o perigo de que as partículas do Corpo de Cristo se perdessem. Por isso, a comunhão na boca deve ser preferida.

A lei litúrgica diz que os fiéis devem manifestar sua adoração com uma reverência. Então, as pessoas podem receber a comunhão de joelhos (isso já é uma adoração). No entanto, se estas têm problemas de saúde ou o pároco não aceita que os fiéis recebam a comunhão de joelhos, elas devem fazer a devida reverência, colocando o joelho direito próximo ao calcanhar esquerdo, com a postura ereta. Caso também não possam fazer essa genuflexão, façam uma inclinação profunda. Assim, recebem a comunhão adorando a Nosso Senhor. Essa é a tradição da Igreja, “porque não deve comer dessa carne quem não adorou primeiro” (Santo Agostinho).

Essa é a beleza de poder adorar a Deus, inclinar-se diante dEle. A Eucaristia é o dom mais precioso que recebemos do Senhor.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

A importância da comunicação na vida da Igreja

Por Dom Orani João Tempesta

RIO DE JANEIRO, domingo, 17 de julho de 2011 (ZENIT.org) – Nestes dias acontecem dois grandes eventos relacionados com a comunicação: o 1º Seminário de Comunicação para os Bispos do Brasil e o 7º Mutirão Brasileiro de Comunicação. Encontros esses que querem aprofundar a importância desse assunto para a missão evangelizadora da Igreja.
Quando falamos em comunicação, estamos nos referindo ao processo comunicacional e a toda e qualquer forma de transmissão de mensagens, conteúdos ou informações para outras pessoas. O termo comunicação é abrangente e não se restringe aos meios midiáticos (rádio, TV, jornal impresso, site e etc), mas a toda e qualquer forma de relacionamento humano.
Falar da comunicação como espaço sociocultural para se realizar a evangelização no mundo contemporâneo significa abordar, sobretudo, um contexto de sociedade que se transforma numa velocidade alucinada, marcado pelos avanços tecnológicos, sobretudo pela era digital, que provoca mudanças sociais e de costumes, onde o mundo das comunicações se apresenta como uma área cultural de grande importância a ser refletida pela Igreja.
A Igreja em sua missão evangelizadora tem que comunicar Jesus Cristo, Senhor da Vida, nosso Salvador. Para comunicar essa Boa Notícia supõe que a pessoa que o faz seja evangelizada e não apenas saiba as técnicas da comunicação. É a Igreja e sua missão que fala por si mesma há dois mil anos e que tende a ocupar um espaço muito maior no Terceiro Milênio. Esse fato tem relevância quando percebemos que estamos inseridos neste meio e fazemos parte desta história. Esta é a história que nos compete. Somos chamados a atuar e a sermos "instrumentos de salvação" na história vivida de nossa cotidianidade. Esta sociedade midiática é o "lugar teológico" para cada um de nós, cristãos!
A principal imagem da Igreja é Cristo nos mistérios da encarnação, morte e ressurreição. Sendo assim, a Pastoral da Comunicação tem uma importância muito grande na vida de qualquer paróquia, pois tudo o que é feito e realizado em nossas comunidades tem como objetivo a evangelização.
Sabemos que não existe evangelização sem comunicação. Evangelizar implica necessariamente em comunicar. Até mesmo o testemunho de vida como ação evangelizadora é um pressuposto e também forma de comunicação. O ato de testemunhar é comunicar com a própria vivência a mensagem do Evangelho. As pessoas testemunham, porque outras entendem e captam a mensagem que elas transmitem através da sua forma de viver. E as mudanças rápidas das tecnologias de comunicação têm a ver com a vivência da fé cristã, quando pensamos, por exemplo, que estamos imersos numa cibercultura, a cultura virtual, que expressa o surgimento de um novo universal, sem totalidade. Um universo de técnicas, de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem e que exercem influência sobre a fé e a vivência da religiosidade.
A Pastoral da Comunicação cumprirá o seu papel em nossas dioceses, paróquias e comunidades quando assumir a formação e o compromisso de conscientizar a todos os ministros ordenados e os agentes de pastorais da necessidade de se comunicar e comunicar-se bem. Só comunica quem tem algo a dizer. E nós temos a mais importante mensagem, conteúdo, a notícia e informação a ser anunciada: a pessoa de Jesus Cristo. Trata-se, então, de estabelecer um diálogo entre Evangelho e comunicação, aprofundando as palavras de Paulo VI, no documento sobre a evangelização, “Evangelii Nuntiandi”, que afirma: "a ruptura entre o Evangelho e a cultura é, sem dúvida, o drama da nossa época" (EN, 20). Esta expressão é reconfirmada por João Paulo II em outro documento, sobre as missões, “Redemptoris Missio” (37).
Neste contexto, é preciso levar em consideração, entretanto, que não é apenas a existência de novos aparatos tecnológicos (estamos na era digital!), mas trata-se também de conhecer, compreender a revolução de linguagem que estamos vivendo neste início de Terceiro Milênio. Mudam os paradigmas, sobretudo, os métodos para explicitar a fé. Daí a importância e o convite para a Teologia conhecer, refletir e "iluminar" esse revolucionário "lugar teológico", que sempre mais provoca a mudança de referências, linguagens e métodos pastorais na evangelização atual.
Essa missão por si só exige de cada um de nós a excelência na comunicação. Comunicar é dever do cristão, um compromisso que assumimos com a Igreja de Cristo em anunciar o amor de Deus a todas as pessoas. O Documento de Aparecida nos exorta a uma conversão pastoral. A Pastoral da Comunicação de toda a Igreja quer se abrir a esta mudança, deixar-se guiar pela ação do Espírito Santo, que comunica em cada um de nós a presença viva do Cristo Ressuscitado. Queremos buscar a excelência em todas as formas e meios de comunicação, com o objetivo de evangelizar com renovado ardor missionário. Esta é a nossa missão, que nestes dias aqui no Rio de Janeiro, bispos provenientes de todo o Brasil, participamos do Secobb, e, na próxima semana – a oportunidade de milhares de pessoas interessadas em construir juntos a comunicação –, participaremos do Muticom. Que todos nós possamos continuar comunicando com renovado ardor a Palavra da Vida!
Dom Orani João Tempesta é arcebispo do Rio de Janeiro

“Papa aproveita o tempo inclusive quando descansa”

Lombardi explica por que Bento XVI
escolheu permanecer em Castel Gandolfo
CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 11 de julho de 2011 (ZENIT.org) – Pelo segundo ano consecutivo, Bento XVI escolheu descansar em Castel Gandolfo. O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi SJ, explicou, em uma entrevista à Rádio Vaticano, por que acha que o Papa fez esta escolha.
Pouco tempo após sua chegada a Castel Gandolfo, o Pontífice saudou a multidão que havia se reunido para dar-lhe as boas-vindas.
“Começo minhas férias – disse ele. Aqui encontro tudo: a montanha, o lago, o mar, uma bela igreja, com uma fachada renovada, e boas pessoas.”
“Estou contente por estar aqui – acrescentou. Espero que o Senhor nos permita passar umas boas férias.”
O Pe. Lombardi explicou que Castel Gandolfo tem “certamente a vantagem de um lugar conhecido”, de ser um lugar “acondicionado para a presença normal do Santo Padre”, tranquilo, mais fresco que Roma, com jardins nos quais se pode passear, lugares adaptados ao trabalho intelectual e à oração.
“Sabemos muito bem que o Papa não é, em absoluto, uma pessoa que perde seu tempo: é uma pessoa que aproveita intensamente seu tempo, inclusive quando descansa”, destacou.
O Pe. Lombardi contou que um dia se surpreendeu com as palavras do secretário do Papa, que disse que maneira muito espontânea: “É estudando e escrevendo sobre teologia e Sagrada Escritura que o Papa descansa melhor, porque são os temas pelos quais ele se apaixona”.
“Penso que o Papa também é conscientes do fato de que, do ponto de vista da organização, logística e segurança, sua estância em Castel Gandolfo é a solução mais simples também para outras pessoas”, afirmou.
O Pe. Lombardi recordou que a escolha de Castel Gandolfo está motivada também, sem dúvida alguma, pelos deslocamentos previstos para este verão: a Madri, para a Jornada Mundial da Juventude em agosto, a Ancona em setembro, para o final do congresso eucarístico italiano, e à Alemanha, no final de setembro.
O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé também destacou que o Papa deve acabar “sua grande obra sobre Jesus de Nazaré”.
“Ele nos disse que deseja completá-la com um terceiro volume, certamente mais breve, sobre a infância, sobre os Evangelhos da infância.”
“Já começou a trabalhar em suas horas vagas, nestes últimos meses, mas será provavelmente o momento de completar esta obra ou pelo menos de fazê-la avançar de maneira decisiva”, comentou.
O Pe. Lombardi recordou, finalmente, que a oração dominial do Ângelus continuará de Castel Gandolfo, um lugar mais recolhido, onde as pessoas se sentem mais perto do Santo Padre, o que confere a esse encontro um ambiente “familiar”.
Também explicou que as audiências gerais serão retomadas no mês de agosto, provavelmente também em Castel Gandolfo, a menos que a multidão seja grande demais, em cujo caso se realizarão no Vaticano.
O Papa retomará a atividade com maior intensidade em setembro, mas voltará a instalar-se no Vaticano somente no final desse mês.

João Paulo II intuiu força pública da religião

As razões de Assis, segundo Andrea Riccardi, fundador de Sant’Egidio
CIDADE DO VATICANO, quinda-feira, 14 de julho de 2011 (ZENIT.org) – No encontro de Assis de 1986 não havia nada de sincretismo nem de compromisso, mas a abertura de uma nova forma de relacionamento entre os crentes das diferentes religiões, capaz de superar os enfrentamentos.
É o que diz Andrea Riccardi, fundador da Comunidade de Sant'Egidio, movimento que se destaca justamente por ter dado continuidade à iniciativa do Papa através da promoção de encontros inter-religiosos pela paz.
Riccardi, em uma coluna na série de artigos que o L'Osservatore Romano está dedicando à próxima reunião de Assis, salienta que Assis "não tem nada a ver com o sincretismo religioso", mas reflete uma "grande visão" de João Paulo II.
Quando se convocou o primeiro encontro em 1986, diz Riccardi, "a cultura ocidental considerava as religiões como uma realidade que a modernidade teria deslocado ou reduzido à esfera privada da vida".
"O Beato João Paulo II, ao contrário, intuiu a força pública das religiões, apesar da secularização – explica ele. Ele sabia que as religiões poderiam ser atraídas pelas paixões belicistas" naqueles momentos de "Guerra Fria".
Naquele momento, diz Riccardi, havia outros modelos do encontro das religiões: "Muitas vezes, diálogos não respeitosos com a substância da fé – que repousavam sobre a ideia de que as religiões são basicamente iguais – se alternavsm com os apelos de líderes religiosos por uma ou outra causa política".
O que João Paulo II inauguraria, salienta, "estava longe de tais modelos", porque a abordagem de Assis foi "um dia de oração e silêncio, sem discussões ou negociações: diferente de congressos inter-religiosos. Nada poderia estar mais longe da ideia da ONU sobre as religiões".
O eixo central foi a oração pela paz: "Talvez como nunca antes na história da humanidade, a relação intrínseca entre o comportamento autenticamente religioso e o grande bem da paz foi evidente para todos".
"João Paulo II sempre e claramente rejeitou a ideia de Assis como a manifestação de uma espécie de inter-religião, esperada por círculos estreitos", afirma Riccardi.
Assis, no entanto, foi "a representação visual do que o Vaticano ensina com a Nostra Aetate. Em seguida, o Papa proclamou sua fé em Cristo e declarou o seu respeito pelas outras crenças".
Para o Papa polonês, "os momentos simbólicos também foram necessários” para fazer surgir "um renovado compromisso dos católicos pela paz, com atenção para a dimensão fundamental da oração e das relações com os seguidores de diferentes religiões".
A expressão "espírito de Assis", diz o fundador de Sant’Egidio, "em seu sentido próprio ilumina o compromisso da Igreja ao serviço da unidade do povo, que também é entendimento e diálogo entre as pessoas que creem".
Neste sentido, cita o trabalho feito pela comunidade que ele fundou, organizando encontros anuais entre os líderes religiosos em diferentes cidades do mundo, "de Roma a Varsóvia, em 1989 (com uma peregrinação a Auschwitz, da qual participaram os muçulmanos), Malta, Jerusalém, Lion, Bucareste (evento que abriu a viagem de João Paulo II ao país, como afirma o patriarca Daniel), até Chipre e outros lugares".
Riccardi também salienta que este é o compromisso de Bento XVI, citando as palavras do Pontífice no encontro inter-religioso de Nápoles (Itália, 2007), promovido pela Comunidade de Sant’Egidio: "Todos nós somos chamados a trabalhar pela paz e a um compromisso real para promover a reconciliação entre os povos. Este é o autêntico ‘espírito de Assis’, que se opõe a todas as formas de violência e abuso da religião como pretexto para a violência".

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Dom Virgílio Antunes é ordenado bispo




Assume a diocese de Coimbra no dia 10 de julho
FÁTIMA, segunda-feira, 4 de julho de 2011 (ZENIT.org) – Dom Virgílio Antunes foi ordenado bispo na tarde desse domingo, na Igreja da Santíssima Trindade, no Santuário de Fátima, em celebração presidida por Dom António Marto, bispo de Leiria-Fátima.
Segundo informa a Sala de Imprensa do Santuário de Fátima, o novo bispo entrará solenemente na Diocese de Coimbra no próximo dia 10 de julho.
Nas suas palavras no final da ordenação episcopal, ele consagrou-se, e também o seu trabalho, a Nossa Senhora.
"Que eu seja todo teu, ó Mãe de Cristo e Mãe da Humanidade. Que esta pedra azul, pequenina e discreta, que figura nas minhas insígnias, signifique a tua presença materna aos pés da cruz de Cristo e de todas as minhas cruzes", disse.
Dom Virgílio saudou a diocese de Coimbra: "Gostaria de chegar ao meio de vós como um amigo e como um irmão que comunga das vossas alegrias e tristezas, que acolhe e é acolhido na simplicidade, e que vos confirma na fé enquanto porção do Povo de Deus".
Sobre os anos em que serviu o Santuário de Fátima, primeiro como capelão e depois, desde setembro de 2008, como reitor, Dom Virgílio Antunes disse: "Devo dizer que foram muito bons os anos aqui passados e que foi generosa e amiga a vossa colaboração e ajuda".
O lema episcopal do novo bispo é “Anunciamos Cristo crucificado, sabedoria de Deus”.

Poeta português em exposição que homenageia Papa

José Tolentino Mendonça apresentou poema a Bento XVI
CIDADE DO VATICANO, segunda-feira, 4 de julho de 2011 (ZENIT.org) – O padre e poeta madeirense José Tolentino Mendonça apresentou hoje pessoalmente a Bento XVI um poema inédito.
Trata-se de ‘O Mistério está todo na infância’, que integra uma exposição em honra do Papa pelo 60º aniversário da sua ordenação sacerdotal; informa Agência Ecclesia.
Tolentino Mendonça, diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, e o Papa conversaram durante alguns segundos. Bento XVI também falou com os outros artistas que integram esta mostra, intitulada “O esplendor da verdade, a beleza da caridade”.
“Portugal saúda-o, Santidade”, disse o sacerdote, que foi apresentado pelo cardeal Gianfranco Ravasi, presidente do Conselho Pontifício da Cultura, como um dos “maiores poetas portugueses”.
O Papa teceu um breve comentário sobre o poema – Tutto il mistero risiede nell’infanzia, na tradução italiana de Manuele Masini –, sublinhando a “excelência” do mesmo.
“O mistério está todo na infância: /é preciso que o homem siga/ o que há de mais luminoso /à maneira da criança futura”, pode ler-se, no início do poema, em português, com tradução italiana anexada no local onde está exposto.
A exposição inaugurada por Bento XVI acontece no átrio da Sala Paulo VI, no Vaticano, e segue até 4 de setembro.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Católicos podem manifestar-se contra o desrespeito à fé realizado na parada gay em São Paulo

SÃO PAULO, 30 Jun. 11 / 07:25 pm (ACI)
Um grupo de leigos católicos no Brasil defendeu o direito que lhes corresponde para protestar contra as ofensas e o vilipêndio de imagens e símbolos sagrados por parte de homossexuais na última parada gay em São Paulo, pois atentou contra o Artigo 208 do Código Penal Brasileiro que considera um crime vilipendiar publicamente um ato ou objeto de culto religioso.
Segundo os editores do site, “o que houve na Avenida Paulista durante a “Parada LGBT” foi um ataque, um deboche e vilipêndio do ensinamento moral da Igreja, que considera – sendo fiel à Revelação – os atos homossexuais intrinsecamente maus”.
O evento, explicam os organizadores da página votocatólico, teve como tema um versículo do Evangelho de São João manipulado – “Amai-vos uns aos outros: basta de homofobia!” – colocou 170 cartazes em postes ao longo da avenida Paulista, com modelos masculinos representando santos católicos como se fossem homossexuais, seminus e em posturas eróticas, ao lado das mensagens: “Nem santo te protege” e “Use camisinha”.
Para o Doutor Valmor Bolan, perito em Sociologia e conselheiro da Organização Universitária Interamericana (OUI-IOHE ) no Brasil e membro da Comissão Ministerial do Prouni (CONAP), “O fato mais chocante da parada gay deste ano, foi a forma como se apropriaram de uma frase (fora de contexto) do Evangelho, para insinuar que o amor proposto por Jesus seria também gay. E ainda mais usando imagens sagradas de santos católicos para ainda fazer as pessoas concluírem que tais santos eram  gays. Tudo isso pode se resumir numa palavra pouco mencionada hoje em dia, mas tratou-se de um sacrilégio”.
Depois de afirmar que o fato foi uma clara provocação e um desrespeito à Igreja e às práticas religiosas milhões de brasileiros, considerando estas manifestações como “um ataque, deboche e vilipêndio do ensinamento moral da Igreja, os organizadores da iniciativa laical votocatólico recordam que o artigo 208 do código pena considera como crime “escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso. Pena – detenção de um mês a um ano, ou multa”.
“O fato se torna ainda mais grave pelo fato de a Parada receber financiamento público, especialmente dos Ministérios da Cultura e da Saúde, da Petrobrás, da Caixa Econômica Federal e da Prefeitura de São Paulo. Consideramos que se este episódio passar despercebido, outros mais graves virão”, denunciaram.
Assim, o site católico lança o seguinte convite:
“Se você sentiu-se ofendido e agredido na sua fé com os cartazes desrespeitosos à fé católica na “Parada LGBT”, convidamos a queixar-se com as entidades governamentais que financiaram o evento (clique aqui), manifestar sua inconformidade com as empresas patrocinadoras do evento (clique aqui) e entrar em contato com as procuradorias regionais dos direitos dos cidadãos (clique aqui).
Para ver o artigo completo do Dr. Valmor Bolan e manifestar-se contra o desrespeito à fé ocorrido na parada gay, visite:
http://www.votocatolico.com.br/

Papa: jugo de Cristo é suave, mas exigente



41 arcebispos recebem o símbolo da união com Pedro
CIDADE DO VATICANO, quinta-feira, 30 de junho de 2011 (ZENIT.org) – Bento XVI recordou a 41 novos arcebispos que o jugo de Cristo é de amizade, mas também é exigente e nos forma, nesta quarta-feira, ao celebrar a Missa na festividade dos santos Pedro e Paulo na Basílica de São Pedro.
Todo ano, nesta festa, os novos arcebispos da Igreja (ou os que já eram arcebispos, mas que não foram designados a novas arquidioceses) recebem o pálio (uma faixa circular que carregarão sobre os ombros), sinal de comunhão com o Papa. Mas ontem a celebração era ainda mais importante, já que o Santo Padre estava comemorando o 60º aniversário da sua ordenação sacerdotal.
Depois de uma cálida reflexão sobre o seu sacerdócio e as lições de seis décadas, ele se centrou nas palavras de Cristo “Já não vos chamo servos, mas amigos” e voltou a dirigir-se àqueles que recebiam o pálio.
Brasil e Estados Unidos são as nações que têm o maior número de arcebispos – sete e quatro, respectivamente –, ainda que os dos EUA sejam mexicanos nativos.
O pálio, disse o Papa, “nos recorda, em primeiro lugar, o jugo suave que Cristo colocou sobre nós. O jugo de Cristo é idêntico à sua amizade. É um jugo de amizade e é um 'jugo suave', mas também é exigente, e nos forma. É o jugo da sua vontade, que é uma vontade de verdade e de amor”.
O Santo Padre destacou que o pálio é feito de lã: “Isso nos recorda que o próprio Pastor se converteu em um cordeiro, por amor a nós”.
“Recorda-nos que Cristo atravessou as montanhas e os desertos, nos quais a sua ovelha, a humanidade, havia se perdido – disse. Recorda-nos que ele tomou a ovelha, a humanidade, a mim, sobre os seus ombros para nos levar para casa.”
E acrescentou: “Recorda-nos que também nós, como pastores ao seu serviço, temos de levar outros, carregando-os em nossos ombros e conduzindo-os a Cristo”. 


Mural para comunicação rápida